Carteira de crédito malparado foi colocada no mercado em julho por 640 milhões de euros, mas terá sido alterada.
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Novo Banco vende malparado
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Mais uma operação de crédito malparado foi selada em Portugal. O Novo Banco vendeu a carteira de malparado de grandes devedores ao fundo Deva. Trata-se do “Projeto Harvey” que engloba empréstimos em situação de incumprimento de grandes devedores, sendo a maioria ligada ao setor imobiliário.

A fase final do concurso para a compra desta carteira de Non-Performing Loans (NPL, na sigla inglesa) contou com três candidatos. E foi mesmo o fundo Deva o vencedor da corrida ao "Projeto Harvey". Neste negócio, o fundo Deva apresentou-se com a Arrow, que deverá ficar encarregue da gestão desta carteira de malparado, escreve o ECO.

Foi em julho que o Novo Banco colocou esta carteira de crédito malparado no mercado, estando avaliada inicialmente em 640 milhões de euros (valor bruto excluindo imparidades). E ficou conhecida por englobar dívidas de grandes empresas, como é o caso do Grupo Lena (180 milhões) e a Urbanos de Alfredo Casimiro (nove milhões de euros), refere a mesma publicação.

Mas de lá para cá houve alterações da constituição da carteira por decisão do Fundo de Resolução, segundo escreveu o Jornal Económico no final de novembro. Houve créditos que deverão ter saltado fora deste portfólio, como é o caso do empréstimo do construtor José Guilherme, que superava os 200 milhões de euros, segundo referiu a auditoria especial da Deloitte. Outro que também deverá ter sido retirado do "Projeto Harvey" é o da Constantino Fernandes Oliveira & Filhos – Sucatas e Ferro (conhecido por CFO).

A venda desta carteira de malparado faz parte da estratégia do Novo Banco para reduzir ainda mais o rácio de NPL, que se situava nos 8% no final do primeiro trimestre deste ano. O objetivo passa por baixá-lo para os 5% nos próximos dois anos.

E não é o único processo em curso. Além deste, o Novo Banco também tem em marcha a venda do “Projeto Orion”, com o valor de 200 milhões de euros.

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