A Finangeste, empresa que investe em portfólios imobiliários e NPL’s (créditos em incumprimento), inaugurou um novo edifício de escritórios em Lisboa, o Castilho 50, localizado na Rua Castilho, no coração da capital. Trata-se de um imóvel que foi alvo de obras de reabilitação urbana – envolveram 350 postos de trabalho – e que tem uma galeria comercial no rés do chão, dez pisos de escritórios e 92 lugares de parqueamento.
“As obras de reabilitação urbana de um edifício de escritórios com estas características e nesta localização são uma forma de dar resposta aos atuais níveis de exigência do mercado de escritórios em Lisboa e, sobretudo, uma mensagem de esperança perante a atual conjuntura olhando já para o futuro. Continuamos ativamente a investir em ativos nas cidades de Lisboa e do Porto e este novo empreendimento é mais um passo nesse sentido”, diz Paul Henri Schelfhout, administrador da Finangeste, em comunicado.
Segundo a empresa, o Edifício Castilho, que foi alvo de intervenção na fachada, caves, zonas comuns e todos os pisos de escritórios, tem uma área de construção acima de solo de 7.425 metros quadrados (m2).
A Finangeste tem a decorrer em Portugal investimentos na ordem dos 500 milhões de euros. Além da aposta na recuperação urbana – está neste momento a terminar a intervenção de outro edifício no centro histórico de Lisboa –, a empresa está prestes a concluir um novo loteamento destinado a habitação, escritórios e comércio em Oeiras. “Com uma área superior a 110.000 m2, este empreendimento irá representar um valor total de investimento superior a 175 milhões de euros”, lê-se no documento.
A empresa, que foi criada em 1978 como empresa pública pelo Governo e faz atualmente parte de um grupo integrado de empresas de recuperação de crédito e de desenvolvimento imobiliário, possuindo desde 2015 uma nova estrutura acionista, está ainda a desenvolver o Plano de Urbanização do Vale da Amoreira, em Faro, estando o processo ainda em discussão com a autarquia local. “O destaque deste projeto será a execução do jardim urbano, que será o coração da cidade numa zona de expansão. Em causa está uma área de 21 hectares, sendo que cerca de metade da mesma será exclusivamente destinada ao parque urbano. A área de construção do empreendimento será superior a 150.000 m2 e o investimento estimado andará na casa dos 250 milhões de euros”, adianta a Finangeste.
De referir que os principais ativos geridos pela Finangeste correspondem a créditos sobre grandes empresas, com garantias hipotecárias ou não; créditos sem garantia; imóveis; projetos imobiliários e participações financeiras em diferentes tipos de sociedade. Atualmente, a Finangeste é responsável pela gestão de carteiras de créditos não produtivos (NPL) no valor de 1,2 mil milhões de euros e de ativos imobiliários no valor de 600 milhões de euros, sendo que nos dois últimos anos captou cerca de 500 milhões de euros de investimento internacional para o desenvolvimento de projetos imobiliários em todo o país.
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