Startup portuguesa pretende atrair pessoas em teletrabalho e já conta com dez espaços aderentes na Grande Lisboa.
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Restaurantes
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Há uma startup portuguesa que viu na dificuldade sentida pelos restaurantes, hotéis e espaços culturais uma oportunidade. Os largos períodos de confinamento motivados pela pandemia da Covid-19 reduziram os clientes nestes espaços e, em consequência, a faturação. E por que não dar-lhes uma nova vida transformando-os em novos espaços de trabalho?! Este é o propósito da startup portuguesa Out of Office.

Esta plataforma apresenta uma dupla vantagem para os estabelecimentos aderentes. Além de não ter custos de adesão, esta é uma forma de obterem receitas extra no final do mês. Hoje, a plataforma digital Out of Office já conta com dez localizações entre Lisboa, Cascais e Comporta. E pretende atrair todos os trabalhadores remotos e aqueles que têm a possibilidade de ficar em teletrabalho alguns dias por semana. Note-se que esta modalidade de trabalho passou esta segunda-feira (dia 14 de junho de 2021) a ser apenas recomendada na maioria dos concelhos do país, mas em Lisboa continua a ser obrigatória.

Foi durante 2020 que surgiu a ideia de criar este negócio em Portugal. Segundo explica José Luís Pinto Basto, o fundador do conceito, “os restaurantes servem almoços e jantares e entre estes períodos não estão a rentabilizar o espaço”. É aqui que entra o Out of Office, pois “quer oferecer locais alternativos para trabalhar", acrescenta em entrevista ao Dinheiro Vivo, realizada a partir de Miami, Estado Unidos, onde vive há três anos e deu conta que este conceito já existe há algum tempo neste país.

E como é que tudo funciona? Os trabalhadores remotos que pretendem usufruir destes espaços têm três modalidades de pagamento à sua disposição: tarifa por hora (1,25 euros), pacote semanal, com 40 horas de utilização de qualquer um dos espaços aderentes (40 euros), e o pacote mensal, com acesso ilimitado a qualquer local (95 euros). A escolha dos locais é simples. Através da plataforma online é possível selecionar os espaços de trabalho disponíveis, ter em atenção todos os detalhes associados e agendar o horário.

Entre os espaços disponíveis está, por exemplo, o restaurante Seem, situado no Tivoli Avenida da Liberdade, e o Sky Bar, no Tivoli Oriente. Para quem pretenda trabalhar à beira-mar, está disponível ainda o Sublime Beach Club na Comporta.

Para levar em frente a Out of Office, José Luís Bastos já investiu – junto com o seu pai – cerca de 25 mil euros. A forma de rentabilizar o negócio passa por cobrar uma comissão de 25% por cada transação realizada, sendo necessários pelo menos mil utilizadores. A ideia é continuar a expandir o negócio de forma a chegar a todo o país, estando previsto chegar ao Porto em breve. Para isso, já estão a agilizar para angariar uma “pre-seed” de 200 mil euros.

O objetivo para o longo prazo é ainda maior: nos próximos anos a startup portuguesa quer alargar o conceito a toda a Europa.

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