
Os espaços de trabalho mudaram por completo com a pandemia. O teletrabalho passou a integrar a rotina de muitos profissionais e outros passaram a adotar o modelo de trabalho híbrido. Os escritórios passaram a ser lugares de socialização, de partilha de conhecimentos e de experiências entre equipas. Antecipando que o futuro passava por transformar o conceito de escritório, a Natixis em Portugal desenvolveu um modelo na sua sede, no Porto, em que é possível viajar pelo mundo sem sair do local de trabalho. Como? Cada sala foi construída e decorada tendo em conta as particularidades de cada cidade, combinado sons, cheiros e elementos arquitetónicos que as caracterizam.
Este novo projeto chama-se 'Villages' e procura recriar 12 cidades do mundo. Tirando partido das tecnologias mais recentes, a Natixis decidiu criar uma experiência imersiva - que inclui sons e cheiros -, transportando os trabalhadores para outros locais do globo, dizem em comunicado enviado às redações. Assim, a partir de agora, os trabalhadores da Natixis em Portugal vão poder viajar pelas cidades de:
- Manaus;
- Santiago;
- Dakar;
- Paris;
- Porto;
- Mascate;
- Cidade do México;
- Shanghai;
- Tóquio;
- Londres;
- Bangalore;
- Brooklyn.
Por exemplo, na 'village' do Porto, os trabalhadores são recebidos pelo aroma do vinho do Porto e são encorajados a trabalhar em equipa num espaço que se assemelha a uma adega tradicional. Em Mascate, podem sentar-se numa duna macia enquanto saboreiam um chá local. E em Manaus podem sentir a densidade da floresta e ouvir os ruídos dos animais. Em Paris, será possível assistir a uma transmissão em direto de uma paisagem ou do céu da capital francesa.
Este conceito ocupa dois pisos da sede da Natixis no Porto, um total de mais de 3.800 metros quadrados, tendo lotação para cerca de 200 pessoas. E demorou dois anos a ser concluído - da idealização à concretização da obra, que teve o apoio da Tétris e da empresa de arquitetura e construção da JLL em Portugal, explicam no documento.

Porque é que surgiu este conceito de escritório no Porto?
Com a massificação do teletrabalho durante a pandemia, muitos temiam o fim dos escritórios. Mas “a Natixis antecipou-se e percebeu que o futuro passava por transformar o espaço de trabalho coletivo ao invés de acabar com ele”, começa por explicar Carlos Cardoso, Managing Director da Tétris, que ficou encarregue do design deste projeto.
E a transformação decorreu de acordo com as novas necessidades dos trabalhadores. “Percebemos que a maior parte dos colaboradores da Natixis em Portugal se deslocava ao escritório para momentos de colaboração com as suas equipas e para momentos de socialização”, acrescenta Etienne Huret, diretor-geral da Natixis em Portugal.
Nesta nova era do trabalho, “o modelo híbrido é o que tem uma maior capacidade de criação de valor para as pessoas e para as organizações”, acredita o diretor geral da Natixis em Portugal, sublinhando que “foi nesse pressuposto que este projeto se desenvolveu”.
“Atualmente, caminha-se para que sejam espaços de experiência. As 'Villages' são a prova de que conceitos inovadores, imersivos e focados no bem-estar dos colaboradores são fundamentais para o sucesso das empresas”, refere ainda Carlos Cardoso.

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