
Há um centro de escritórios que está a nascer na Grande Lisboa: chama-se Oriente Green Campus e vai colocar no mercado cerca de 41.100 metros quadrados (m2) de espaços de trabalho. Este novo edifício vai ser construído onde hoje está o esqueleto de betão do Multiusos Oriente, um projeto imobiliário iniciado há cerca de 12 anos, mas que caiu por terra. Sabe-se, agora, que este imóvel terá um custo total para os ingleses da Orion, os atuais proprietários, que ronda os 140 milhões de euros.
A construção deste novo complexo de escritórios situado em Moscavide, a norte do Parque das Nações, arrancou no final de setembro pelas mãos da gestora Norfin, em representação do Fundo Multiusos Oriente FEIIF, detido pelos Orion European Real Estate Funds, anunciou a gestora em comunicado. O valor do investimento total neste empreendimento ronda os 140 milhões de euros, incluindo o valor da aquisição do ativo, refere o Jornal de Negócios.
A primeira fase da empreitada consiste na demolição parcial, reforço e adaptação da estrutura existente. E nas fases seguintes irá proceder-se à execução das fachadas, acabamentos, instalações especiais e paisagismo, explica em comunicado a Engexpor, empresa a quem foi entregue a gestão de projeto e obra do Oriente Green Campus. A conclusão do edifício está prevista para o segundo semestre de 2023.
O que trará de novo este complexo de escritórios à Grande Lisboa? Uma maior oferta de espaços de escritórios sustentáveis, que terá lugar para cerca de 3.500 trabalhadores. Em concreto, o Oriente Green Campus vai disponibilizar 41.100 m2 de escritórios distribuídos por quatro pisos acima do nível do solo. E o projeto contempla ainda 18.700 m2 de zonas exteriores e três pisos subterrâneos (55.820 m2) para estacionamento com um total de 1.667 lugares.
Além disso, todos os trabalhadores das empresas que aqui vierem instalar os seus escritórios poderão usufruir de um conjunto de espaços comuns, como ginásio, auditório, espaços verdes e ainda um 'rooftop' com vista panorâmica sobre o rio Tejo e o Parque das Nações.

Do existente ao novo: a história do Oriente Green Campus
O Orionte Green Campus vai nascer da transformação do esquecido Multiusos Oriente, uma obra devoluta desde 2010 devido a falência da sua promotora, a Obriverca, que foi fundada por Luís Felipe Vieira (ex-presidente do Benfica). Foi assim que o imóvel foi parar a carteira de malparado do BCP em 2013.
Anos mais tarde, em 2020, o banco conseguir vender o esqueleto de betão do Multiusos Oriente à Orion Capital Managers por um valor não revelado, tendo sido esta a primeira operação dos ingleses em Portugal.
Apenas dois anos depois, a Orion já tem um projeto concreto para aquele edifício esquecido, tendo em vista transformá-lo num novo centro de escritórios na Grande Lisboa. Portanto, o Oriente Green Campus resultará da alteração de uma construção já existente, que será agora desenvolvida de acordo com um novo projeto de arquitetura assinado pelos ateliers Kohn Pedersen Fox Associates e Saraiva + Associados.
E vai aplicar “princípios de sustentabilidade, flexibilidade e integração no meio envolvente”, referem desde a Engexpor. Aliás, segundo a Norfin, este será “o primeiro edifício LEED Platinum do mercado da Grande Lisboa, garantindo assim o mais alto nível de certificação da construção sustentável, com grande foco da pegada carbónica”.

1 Comentários:
Mais um fator para encarecer as rendas na região
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