pedro passos coelho e paulo portas recusam taxativamente um entendimento com o actual primeiro-ministro após as próximas eleições, seja qual for o resultado e mesmo que sócrates saia, pela terceira vez consecutiva, vitorioso das urnas. na conferência "governar portugal", organizada ontem pelo diário económico no hotel sheraton, em lisboa, passos e portas não deixaram margem para dúvidas: é preciso mudar de políticas e de protagonistas
apesar do presidente da república e dos seus antecessores terem insistido na ideia de que portugal precisa de "convergência", "unidade", "consensos" e que o próximo governo tem de dispor de "apoio maioritário na assembleia da república", os três principais líderes partidários não cedem nas suas posições
passos coelho defendeu que é crucial que portugal deixe de apostar "em equipas que estão sempre a mascarar a realidade", porque "com ilusionismo não se gera confiança"
já josé sócrates insistiu que é da "maior importância que os partidos abandonem os discursos radicais" porque o bloqueio que conduziu o país a eleições antecipadas "não nasceu de nenhuma crise económica mas de um erro da classe política"
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