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casas ecológicas, desmontáveis e baratas já estão à venda

este é um novo conceito de habitação. a ideia de que uma casa é para a vida pode ter os dias contados. ou não. isto porque transportar a casa de que tanto se gosta para outra localidade tenderá a não ser assim tão descabido e complexo. o mesmo acontece quando é preciso ganhar espaço porque, por exemplo, a família aumentou. a empresa cool haven diz ter essas e outras soluções. para já, quem quiser comprar uma casa (t3) sustentável e amiga do ambiente com cerca de 120 m2 pode fazê-lo por cerca de 100.000 euros. propostas não faltam, pelo menos do estrangeiro, e há uma casa modelo em coimbra à espera de comprador

“esta ideia muda o paradigma da construção, torna-a mais sustentável”, começa por dizer joaquim rodrigues, co-fundador e administrador da cool haven, ao idealista. “a casa torna-se obsoleta cada vez mais rápido. ou porque a família aumenta e é preciso mais espaço ou porque se pretende mudar o tipo de habitação. com estas casas isso é possível”, argumenta

trata-se, no fundo, de uma forma de construir que se parece com um lego, já que se “pode aumentar e diminuir a casa” consoante os gostos e necessidades dos proprietários. joaquim rodrigues vai mais longe nas comparações: “o projecto assemelha-se à compra de um carro. quanto mas extras tiver será mais caro. o nosso preço é dado e o cliente leva o produto final, depois pode é fazer acrescentos no interior, que terão um custo”

mas quanto custam, afinal, as casas cool haven? “em média, os preços variam entre os 650 e os 1.100 euros por m2. uma família com dois filhos que compra um t3 com 120 m2 pagará cerca de 95.000 euros, e terá uma casa nova”, esclarece o responsável, salientando que o custo final pode aumentar se os compradores optarem pelos já referidos “extras no interior”

depois, mais tarde, se for preciso fazer adaptações no imóvel ou “transferi-lo” para outro local, o processo “é muito fácil”, conta o administrador. “a casa pode ser transportada num camião tir. se a pessoa quiser mudar de casa, mudando também de zona geográfica, terá, em média, um gasto de 7.000 euros, o que não é assim tão caro. ainda por cima porque não precisou de comprar uma casa nova”

a casa modelo e a aposta na exportação

neste momento, a cool haven tem já um imóvel disponível para venda. trata-se da casa modelo que pode ser visitada no iparque (parque tecnológico de coimbra), em antanhol (ver galeria de fotos). “neste caso é chave na mão. é uma casa com três quartos e 180 m2, é muito grande”, adianta joaquim rodrigues, sublinhando que “aceitação está a ser muito boa” e que “as pessoas estão a gostar do que vêm”. “criámos a empresa em 2009, começámos a construir há nove meses e começámos a comercializar há dois, três meses”, acrescenta

de acordo com um dos fundadores da empresa, está a ser construída uma segunda casa cool haven em barcelos, “que deverá ficar pronta a 15 de julho”. “neste caso, o cliente compra o produto e depois ‘equipa-o’ à sua maneira, ou seja, vendemos o exterior. também temos esta possibilidade”, revela

de seguida, assim que as obras em barcelos estiverem concluídas, arranca um terceiro projecto no país, sendo que para já a maior procura vem do estrangeiro. “o nosso adn é 100% português, mas o objectivo foi sempre a exportação, o que nos obriga a fazer grandes investimentos. desde o início que apontámos para a exportação, e com a crise ainda mais. há muita dificuldade de aceitação em portugal e os bancos não facilitam porque não há crédito. o nosso grande mercado está no estrangeiro”, explica joaquim rodrigues

sem querer “abrir muito o livro”, o responsável revela que a empresa tem “cerca de 150 dossiers abertos”, sendo que há interesse assumido de frança e moçambique. “também temos recebido muitos contactos de angola, canadá, suíça, e alemanha”, garante. “em frança, em saint-tropez, vamos construir cinco centros para deficientes, cada um com 1.000 m2. temos ainda um projecto de construção de moradias em moçambique, mas ainda é cedo para falar no assunto”

uma casa totalmente autónoma no futuro

com um pé no presente e outro no futuro, joaquim rodrigues quer que a cool haven seja um exemplo de dinamismo na construção, por isso ambiciona outros voos, como por exemplo a construção de prédios de 10 ou 15 andares. “mas primeiro temos de verificar se o modelo é plausível, temos de o testar. ainda estamos no início do projecto, mas dentro de um ano essa ideia pode avançar, até porque o layout está desenhado. temos é de arranjar uma solução rápido. a nossa oferta já traz tudo: sistema de electricidade, esgotos, sistema de água etc.”, conta

mais ambicioso é o objectivo de “construir uma casa completamente autónoma, que gera água, luz, energia etc.”. será possível? “pensamos sempre no futuro. não é impossível, pode levar uma década ou mais, mas é concretizável. mas temos de dar um passo de cada vez”, finaliza

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1 Comentários:

6 Julho 2012, 18:56

que ideia fantástica!!

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