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Dados sobre o impacto da lei das rendas são limitados, diz Bruxelas

A Comissão Europeia (CE) considera que a informação existente sobre a nova lei das rendas, que entrou em vigor em novembro de 2012, é limitada, pelo que não é possível tirar conclusões fiáveis sobre o impacto da mesma e sobre o mercado de arrendamento como um todo. 

No relatório sobre a 11ª avaliação ao programa de resgate, a CE refere que, apesar do novo quadro legal para o arrendamento urbano estar já completamente implementado, continua a ser necessária uma avaliação exaustiva ao seu impacto. Nesse sentido, Bruxelas exige ao Governo a realização de um estudo sobre o funcionamento do mercado habitacional até à 12ª avaliação. Para a CE, o mesmo está em andamento e já foram apresentadas algumas informações como parte deste relatório, mas continuam “a faltar dados quantitativos fiáveis e sem enviesamento em relação a aspetos chave do mercado”.  

O caminho a seguir para que se possa saber mais sobre o verdadeiro impacto da lei das rendas passa, segundo a CE, por reforçar “o acompanhamento e avaliação da reforma do arrendamento urbano, com base em dados mais consistentes e precisos sobre os indicadores básicos do mercado habitacional”, como por exemplo a evolução do nível de rendas, a duração média dos novos contratos e o número de contratos terminados. 

De acordo com o Público, Bruxelas recomenda que sejam realizados esforços para integrar dados de todas as fontes disponíveis e aconselha a realização de um estudo regular com base em inquéritos, de forma a garantir uma monitorização continuada do impacto deste regime. Estudos que podem também ser úteis “no contexto de perceber qual a dimensão da economia paralela no mercado de arrendamento”.

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