O número de cidadãos estrangeiros que está a investir em Portugal através dos Vistos Gold – também chamados como Golden Visa ou Vistos Dourados – não para de aumentar. E é no investimento imobiliário, com a compra de casas por valores acima de 500 mil euros, que este investimento se faz mais sentir. Dados do Ministério dos Negócios Estrangeiro (MNE) confirmam que foram aplicados até 31 de julho cerca de 817 milhões de euros desde que o programa foi lançado, em outubro de 2012.
Ao todo, foram atribuídas 1.360 licenças, das quais quase 900 foram concedidas este ano. Ou seja, em sete meses concedeu-se quase o dobro do atribuído em todo o ano de 2013.
De acordo com o Dinheiro Vivo, os chineses continuam a ser os mais interessados nos Vistos Gold: 1.101 chineses já cumpriram os requisitos necessários para obter o visto – a transferência/depósito de um milhão de euros ou mais, a criação de pelo menos 10 postos de trabalho ou a compra de imóveis a partir de 500 mil euros. Seguem-se os russos, com 43 Golden Visa, e os brasileiros, com 38. No top 10 das nacionalidades que mais investem em Portugal surgem ainda África do Sul, Angola, Líbano, Paquistão, Índia, Turquia e Ucrânia.
Mas há outros cidadãos estrangeiros que estão a investir em Portugal ao abrigo dos Vistos Gold. Até à data, já foram atribuídos vistos a pessoas oriundas de 45 países, entre eles dos EUA, Iraque, Síria, Venezuela, Emirados, Vietname, Birmânia, Azerbeijão, São Cristovão, Nevis, Ilhas Marshall, Barém e Djibuti.
O investimento imobiliário tem sido o requisito mais usado pelos investidores estrangeiros para conseguirem obter o tão ambicionado Visto Gold, mas não só de casas. Os chineses, por exemplo, procuram cada vez mais imóveis que deem rendimento, como prédios degradados para reabilitar em casas ou escritórios e depois vender ou arrendar.
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