O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, admitiu que pode haver necessidade de analisar o programa dos vistos gold, depois das suspeitas de irregularidades que levaram à detenção de 11 pessoas e que já levaram à demissão de Manuel Macedo do cargo de ministro da Administração Interna. “Quando muito há que fazer uma análise a ver se há alguma coisa que justifique sua modificação e melhoria”, disse.
Segundo o governante, “a política dos vistos gold torna um bem que não era transacionável num bem transacionável em termos internacionais”. “Como todas as coisas tem alguns riscos”, frisou.
Rui Machete, que falava aos jornalistas à margem do conselho dos ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, disse ter sido apanhado de “surpresa” no caso de eventuais irregularidades na atribuição de vistos gold, também conhecidos como vistos dourados ou golden visa: “Foi [uma surpresa], para mim e para muita gente. Para toda gente que não tem nada a ver com isto e provavelmente até para muitas pessoas que foram acusadas e não têm culpa nenhuma”.
Sobre a demissão de Miguel Macedo, disse ter “pena” por tal ter acontecido. “Tenho pena, porque além ser uma pessoa excelente, tenho pena de um companheiro que abandona as funções. Mas ele tem uma explicação que é perfeitamente válida e compreensível”, referiu.
Em causa está o processo “labirinto”, que levou à detenção de 11 pessoas suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e peculato, no âmbito de uma investigação sobre atribuição de vistos gold.
Vistos gold: “Não pode haver tolerância nem complacência”, diz Paulo Portas
O Vice-primeiro-ministro, que propôs a criação do programa dos vistos gold em 2012, já reagiu à recente polémica gerada com este mecanismo. Segundo Paulo Portas, "não se deve meter no mesmo saco o potencial de um programa que é útil para o crescimento económico com os eventuais abusos ou crimes que violem a lei e prejudiquem a confiança em organismos da administração pública".
Miguel Macedo demite-se na sequência das investigações aos vistos gold
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou este domingo que pediu a demissão do Governo, que foi aceite pelo primeiro-ministro. Miguel Macedo deixa o Executivo porque considerou que a sua autoridade ficou diminuída na sequência das investigações relativas à concessão de vistos gold. O processo “labirinto” envolve pessoas que lhe são próximas.
Vistos gold: 11 detidos por suspeitas de corrupção são presentes ao juiz hoje
A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta quinta-feira 11 pessoas, incluindo altos quadros do Estado, por suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e peculato, no âmbito de uma investigação sobre atribuição de vistos gold. Os 11 detidos serão presentes esta sexta-feira (dia 14) ao juiz de instrução criminal.
Vistos gold: diretor do SEF acusado de dois crimes de corrupção passiva
O diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, está acusado de dois crimes de corrupção passiva no âmbito do caso da atribuição de vistos gold. A garantia foi dada pelo seu advogado, João Medeiros. Em causa está o intitulado processo “labirinto”, que investiga suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais, na atribuição de vistos dourados.
Câmara Municipal do Barreiro garante 486 novas casas com renda acessível
O Barreiro vai contar com 486 novas habitações para arrendamento acessível na zona da Quinta dos Fidalguinhos, num investimento superior a 85 milhões de euros. A iniciativa resulta de uma proposta privada aprovada no âmbito de um edital lançado pela autarquia em junho, que pretende garantir até 800 fogos para subarrendamento a preços controlados. O valor das rendas, definidas por tipologia, ficará entre os 500 e os 875 euros.
Apoio à eficiência energética: atrasos deixam 10 mil candidaturas à espera
A última edição do programa Edifícios + Sustentáveis, para reembolso de despesas para melhoria da eficiência energética, tinha 10 mil candidaturas por avaliar no final de junho, das 80 mil recebidas, adiantou o Governo.
Nova construção: o que fazer se o imóvel não é entregue na data?
A compra de um imóvel em planta — ou seja, ainda em fase de construção — é uma escolha cada vez mais comum no mercado imobiliário português. Seja pelas vantagens de preço, pelas condições de pagamento faseado, pela possibilidade de personalização ou, simplesmente, por ser a única forma de aceder a uma casa nova em zonas de maior procura. Mas o que acontece quando chega a data prevista de entrega do imóvel novo chega e o edifício continua por concluir? Respondemos agora neste ar
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