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O ex-presidente do SEF, Manuel Palos, recebeu vários pedidos de favores, nomeadamente de agilização de vistos gold a passaportes. Um deles partiu de José Prior Regalado, ex-chefe de gabinete do ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo

De acordo com o Jornal de Negócios, que cita o Diário de Notícias, durante o ano em que praticamente esteve sob escuta, Manuel Palos – um dos cinco arguidos que está em prisão preventiva no âmbito da Operação Labirinto – recebeu vários pedidos de agilização de vistos gold a passaportes. E a todos respondeu afirmativamente. Um dos telefonemas que recebeu foi feito por José Prior Regalado, que quis agilizar a emissão de dois vistos gold a investigadores da Fundação Champalimaud.

Manuel Palos terá sido confrontado com a escuta durante as inquirições a que esteve sujeito e confirmou que acedeu ao pedido de José Prior Regalado, com o argumento que, vindo o pedido de onde vinha, apenas tinha de lhe dar seguimento.

Citado pela publicação, José Prior Regalado disse que recebeu uma queixa da Fundação Champalimaud e que, como faz com todas as queixas recebidas de qualquer entidade ou cidadão, limitou-se a pedir esclarecimentos ao SEF.

Manuel Palos suspeito de favorecer vistos a cidadãos líbios 

Entretanto, e de acordo com a SIC, Manuel Palos também está a ser investigado por alegadamente ter facilitado a atribuição de vistos a cidadãos líbios, que vieram para Portugal ao abrigo de um acordo entre o Hospital Privado de Guimarães e o Conselho Nacional de Transição da Líbia para o Tratamento de Feridos de Guerra.

Escutas comprometem António Figueiredo 

De acordo com o Correio da Manhã, António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN) e suspeito de ser o cabecilha do esquema de corrupção – também está em prisão preventiva –, telefonou ao presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Luis Vaz das Neves, nas vésperas de ser detido, para se queixar do rumo do processo. As escutas constam do processo por se considerar que ilustram uma das várias tentativas de condicionamento da justiça que António Figueiredo tentou fazer. 

Antes, António Figueiredo tinha pedido ao juiz Horário Pinto, diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), para despistar escutas no seu gabinete, uma solicitação que foi atendida e que colocou o lugar de Horácio Pinto em causa.

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