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Vistos gold: PJ fez buscas na câmara de Lisboa
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A Polícia Judiciária (PJ) fez buscas na Câmara Municipal de Lisboa, na quarta-feira (dia 19), no âmbito da Operação Labirinto, uma investigação relacionada com a atribuição dos vistos gold e que já levou à detenção de 11 pessoas (cinco ficaram em prisão preventiva). Em causa estão contactos entre a autarquia – já confirmou as buscas –, António Figueiredo, ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), e o empresário chinês Zhu Xiaodong

Segundo a SIC, que avançou com a notícia, três inspetores da PJ estiveram no Departamento de Gestão do Património e no Departamento Informático da autarquia durante “mais de três horas”, tendo apreendidovários emails relacionados com prédios colocados à venda pela autarquia” e “um telemóvel de um dos funcionários da câmara”, com quem António Figueiredo alegadamente mantinha contacto.

A estação revela que o empresário chinês Zhu Xiaodong, a pedido de António Figueiredo, foi recebido pela autarquia em setembro. Isto porque queria comprar um edifício no centro de Lisboa sem cumprir a habitual obrigatoriedade de ser licitado em hasta pública. A compra seria feita através de uma sociedade em nome da mulher de Zhu Xiaodong, mas o processo não seguiu em frente.

Câmara confirma buscas

Entretanto, a câmara confirmou, em comunicado, a existência de um “mandado de busca e apreensão”. De acordo com a Rádio Renascença, que cita o referido comunicado, o alvo das buscas foi “um posto de trabalho individual de um colaborador, tendo os serviços do município prestado toda a colaboração que lhes foi solicitada”. “Foram pela PJ recolhidos no posto de trabalho em causa todos os elementos de prova que entenderam por conveniente”, explicou autarquia.

No âmbito da Operação Labirinto já foram detidas 11 pessoas, cinco das quais ficaram em prisão preventiva: António Figueiredo, Zhu Xiaodong, Jaime Gomes (sócio da empresa JMF Projects & Business), Manuel Palos (diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e Maria Antónia Anes (secretária-geral do Ministério da Justiça) – os dois últimos deixaram, entretanto, os respetivos cargos. Jaime Gomes, Manuel Palos e Maria Antónia Anes podem ver a medida convertida em pulseira eletrónica.

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