
Em fevereiro, o nível de atividade na Reabilitação Urbana (RU) caiu 16,4%. Ainda assim, e segundo dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o índice relativo à Carteira de Encomendas na RU mantém-se em níveis elevados: houve uma variação de 27,2% face ao mesmo mês do ano passado, o que reflete uma dinâmica positiva no mercado.
De acordo com o Sol, que se apoia nos dados da AICCOPN, a reabilitação urbana tem sido, nos últimos anos, uma das áreas prioritárias de várias empresas de mediação e consultoria imobiliária. Nas suas carteiras são imprescindíveis imóveis que se destinam à recuperação, sendo que o número de investidores que procuram este produto está a aumentar.
“Observa-se uma procura significativa, de diversos tipos, quer do próprio com fins de habitação, quer de investidores com objetivos de rentabilização. Nestes últimos, muitos são estrangeiros e procuram também prédios para reabilitar com fins turísticos, visando desenvolver hotéis, hostels e apartamentos para short-renting. Alguns procuram também oportunidades de investimento para efeitos de obtenção de vistos gold”, disse Mário Feliciano, da ERA Chiado/Lapa, citado pela publicação.
Também o departamento de consultoria da Worx revela que o peso da reabilitação no mercado imobiliário tem sido bastante elevado, sobretudo porque a falta de oferta qualificada na zona histórica e prime de Lisboa levou a uma maior procura de edifícios para reabilitar.
Para o setor residencial, a Worx refere que há uma procura elevada de edifícios de pequena/média dimensão, entre os 500 e os 1.000 m2, sendo a localização um fator chave para os investidores. Estes procuram a zona histórica da cidade. Entre as áreas mais pesquisadas estão a Avenida da Liberdade, e as respetivas ruas paralelas e perpendiculares, a Baixa e o Chiado, o Bairro Alto e Campo de Ourique.
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