A procura de casas em Portugal continua a aumentar, tendo crescido em abril ao ritmo mais elevado dos últimos sete meses. Uma tendência que se justifica com o facto de os bancos estarem mais disponíveis para conceder crédito à habitação. Esta é uma das conclusões do mais recente Portuguese Housing Market Survey (PHMS), produzido mensalmente pelo RICS e pela Confidencial Imobiliário (Ci).
“Os novos empréstimos atingiram 491 milhões de euros em março, mais que duplicando no espaço de um ano. Ao mesmo tempo, os spreads estão a baixar e os bancos estão a adotar uma postura comercial mais agressiva, factos que estão a ter claros efeitos nos preços e nas expectativas”, disse o diretor da Ci, Ricardo Guimarães, em comunicado.
Já Simon Rubinsohn, economista sénior do RICS, destaca que “a confiança dos consumidores continua próxima dos máximos pós-crise, apesar da aceleração da economia se manter modesta”.
Segundo o PHMS de abril, neste mês aumentou, pelo quarto mês consecutivo, a colocação de imóveis em oferta, embora a dinâmica da procura continue a superar a da oferta. Esta situação refletiu-se nas vendas realizadas, cujo ritmo de crescimento foi acelerando ao longo do mês e em todas as regiões abrangidas pelo PHMS (Lisboa, Porto e Algarve).
No que diz respeito aos preços, mediadores, promotores e proprietários antecipam um aumento em torno dos 3% nos próximos 12 meses.
Relativamente ao mercado de arrendamento, a procura continuou a aumentar em abril, registando o ritmo mais rápido de crescimento registado desde outubro de 2011. Um movimento que não tem sido acompanhado pela oferta, já que os valores das rendas aumentaram pelo 11º mês consecutivo.
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