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APEMIP defende criação da Ordem dos Mediadores Imobiliários
idealista/news

O investimento estrangeiro no setor imobiliário vai ultrapassar os 4.000 milhões de euros este ano, mais mil milhões que em 2015. O número, estimado pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), demonstra a importância de um setor que se revelou essencial para minimizar os impactos da crise e que muito tem mudado nos últimos sete anos. Uma situação que obriga a um grau de responsabilização muito maior dos operadores do mercado, para garantir a credibilidade do setor.

Nesse sentido, Luís Lima, presidente da APEMIP, reclama a transposição da instituição para uma Ordem dos Mediadores Imobiliários, com competência para formar, fiscalizar e sancionar se necessário for todos os profissionais da classe.

“O setor imobiliário é estratégico para o país, e hoje isso é inquestionável. Até ao final do ano irão dar entrada no imobiliário nacional 4.000 milhões de euros de investidores estrangeiros. Os mediadores são responsáveis pela entrada de 3.000 milhões (o restante é assegurado por transação direta). Não é qualquer classe que tem esta importância na sociedade”, disse o responsável, citado pelo Expresso.

Luís Lima adiantou, de resto, que já tem agendado um pedido de audiência ao Governo para retomar um assunto que já esteve na agenda Executivo, ainda no tempo de Paulo Campos, então secretário de Estado das Obras Públicas, do anterior executivo PS. “A APEMIP chegou a ser incentivada a assumir mais responsabilidades e por isso passámos a assegurar formação obrigatória dos mediadores em todo o país. E até chegámos a negociar com o Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) para questões de fiscalização e de licenciamento que não chegaram a concretizar-se, porque o país foi entretanto intervencionado e o Governo tinha outras coisas em que pensar”, revelou o líder dos mediadores.

Segundo o responsável, “chegou o momento de os mediadores assumirem as suas responsabilidades”. “E sermos nós a fiscalizar e a obrigar ao cumprimento das normas do setor. 90% dos mediadores querem ser autorregulados, como apurámos num estudo que fizemos”, sublinhou.

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