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Ingleses continuam a comprar casas de férias no Algarve, apesar do Brexit...
GTRES

Os ingleses continuaram a apostar forte no mercado imobiliário residencial turístico algarvio em 2016, apesar do Brexit, sendo a nacionalidade mais representativa entre os investidores estrangeiros – foram responsáveis por 31% das transações concretizadas por não residentes, contra 19% de franceses.

Segundo dados que constam do SIR-Turismo Residencial, gerido pela Confidencial Imobiliário (CI), ao contrário do que seria de esperar, a saída do Reino Unido da União Europeia não demoveu os britânicos de comprar casa em Portugal, nomeadamente no sul do país.

Só no eixo Albufeira-Loulé (Algarve Central), que é o mercado mais importante do Turismo Residencial em Portugal, os britânicos foram responsáveis por 46% das transações de origem internacional, tendo investido cerca de 2,1 milhões de euros por operação.

“Este valor quase duplica os 1,1 milhões de euros investidos, em média, pelos chineses, que são o segundo país mais representativo nas aquisições internacionais neste eixo (quota de 13%). Destacam-se ainda os países do Norte da Europa, com uma quota de 7% nas compras por não residentes e um ticket médio de investimento de 1,5 milhões de euros”, refere a CI em comunicado.

De referir, no entanto, que no total do mercado nacional de Turismo Residencial – contempla as zonas da Costa Atlântica, Algarve Central, Barlavento e Sotavento – o “ticket” médio de investimento dos compradores do Reino Unido reduziu-se no período pós-Brexit, passando de 1,4 milhões de euros no primeiro semestre para 1,1 milhões de euros no segundo.

Para Ricardo Guimarães, diretor da CI, “estes dados mostram que o investimento do Reino Unido não só não sofreu com o Brexit, como até aumentou a sua quota entre os compradores internacionais no segundo semestre do ano”. “A consequência mais evidente do Brexit teve sobretudo a ver como a desvalorização da libra, refletindo-se na contração do valor médio de investimento pelos britânicos, que desceu entre o primeiro e o segundo semestre. Mas mesmo esse impacto não foi generalizado, destacando-se os resorts do Eixo Loulé-Albufeira, nos quais o ticket médio se manteve, premiando um mercado de qualidade e com um forte histórico de relação com o Reino Unido”, concluiu.

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