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Associação dos Industriais da Construção contra AIMI: “Estão a taxar a nossa matéria-prima"
César Neto, presidente da AICE AICE

A Associação dos Industriais da Construção de Edifícios (AICE) mostra-se descontente com o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), relembrando que o imposto vai ter um forte – e negativo - impacto no investimento. “Imóveis, terrenos e arrendamentos vão ficar mais caros”, avisa a associação patronal. 

A posição da mais antiga associação do setor e a única com assento na CIP – Confederação Empresarial de Portugal foi transmitida aos partidos portugueses com representação na Assembleia da República, ao presidente da Assembleia da República e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Preocupada com o impacto do AIMI nos imóveis e terrenos, a AICE fala de uma injustiça nas taxas aplicadas. "São iguais seja para os terrenos assim como para os imóveis. É tremendamente injusto que o AIMI se aplique da mesma forma a imóveis e terrenos de luxo, como a terrenos e imóveis que não geram qualquer tipo de rentabilidade", afirma a entidade liderada por César Neto, em comunicado.

A associação entende que não devem ser taxados os terrenos assim como a propriedade construída e não utilizada. “Uma vez mais estão a taxar a nossa matéria-prima”, explica na carta enviada aos representantes dos principais órgãos de decisão do país.

Mais desemprego e falências

Não se pode descurar o mercado nacional e as empresas que construíram o nosso país, construindo para o curto prazo, sem pensar no médio prazo, no nosso futuro. A exemplo disto podemos falar da construção desenfreada em diversas zonas do nosso país para os investidores estrangeiros que para já têm diversos benefícios fiscais, o que nos leva a questionar o que acontecerá quando estes benefícios forem retirados, mais uma vez se percebe que o tratamento fiscal para um cidadão nacional é diferente do cidadão estrangeiro”, acusa a associação.

De acordo com a AICE, este novo imposto vai causar problemas também nas empresas, “levando seguramente a um aumento de falências e consequentemente a um aumento do desemprego”.

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