Comentários: 0
Aumento do custo das casas está a criar “um ambiente de stress no mercado residencial”
Creative commons

Os preços de venda das casas dispararam nas principais cidades portuguesas. Só em Lisboa subiram – a sua mediana – 18,1% num ano, mas considerando o período de 24 meses o valor cresceu 30%. Para a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) não restam dúvidas: “Há um ambiente de stress no mercado residencial”. 

De acordo com a entidade, “após vários anos de acentuada desvalorização dos ativos imobiliários e degradação física do parque edificado existente, o mercado imobiliário tem revelado, nos meses mais recentes, um dinamismo forte, na sequência de uma procura crescente, maioritariamente estrangeira”. 

Aumento do custo das casas está a criar “um ambiente de stress no mercado residencial”
FEPICOP

A FEPICOP considera, no entanto, que a subida de preços “não reflete a realidade” do país. Uma das cidades onde comprar casa ficou bem mais caro foi a Amadora (Grande Lisboa), o que demonstra “que as zonas limítrofes das grandes cidades começam, também elas, a revelar um perfil igualmente preocupante do nível de preços do imobiliário”.

“Esta evolução dos preços de venda é muito mais moderada se considerada a média nacional, em que o acréscimo foi de 12% em dois anos, o que demonstra que esta é uma realidade limitada a determinadas zonas das nossas principais cidades”, refere a FEPICOP em comunicado.

“A atual conjuntura do mercado imobiliário veio acentuar as dificuldades no acesso à habitação de uma parte significativa da população, a qual apresenta rendimentos baixos face à média europeia, mas se defronta, atualmente, com preços da habitação cada vez mais próximos dos praticados, em média, nas capitais dos nossos parceiros europeus”, lê-se no documento.

Nesse sentido, e para colocar um travão no “desequilíbrio entre procura e oferta”, a entidade considera fundamental “reforçar a oferta de habitação, quer tornando atrativa a disponibilização de fogos existentes e que neste momento ainda não se encontram no mercado (através de incentivos fiscais ou outros), quer dinamizando a construção nova de habitação”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta