O investimento captado através dos vistos gold subiu 34,6% em junho, face ao mesmo mês do ano passado, para 52,8 milhões de euros. Recuou, no entanto, 18,8% em termos homólogos no primeiro semestre.
Segundo a Lusa, que se apoia em dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em junho, o investimento resultante da Autorização de Residência para a atividade de Investimento (ARI), como também são conhecidos os vistos gold, atingiu 52.849.429,34 euros, uma subida de 34,6% face ao mesmo mês do ano passado (39.250.091,91 euros). Em termos mensais, face a maio, o investimento caiu 28%.
De referir que do total do montante captado em junho, a maior parte é proveniente da compra de bens imóveis (49.751.115,83 euros) – os vistos são concedidos após a compra de casas que custem pelo menos 500.000 euros – enquanto a transferência de capital ascendeu a 3.098.313,51 euros.
Ao todo foram concedidos 90 vistos gold, 87 dos quais por via do critério de aquisição de imóveis. Do total destes últimos, quatro foram concedidos através de imóveis para reabilitação urbana.
Até final de junho foram concedidos 164 vistos gold através da compra de imóveis para reabilitação, sendo que o primeiro foi atribuído há quase dois anos (julho de 2016).
Nos primeiros seis meses do ano, o investimento captado através deste programa totalizou 484.029.198,98 euros, o que representa uma queda homóloga de 18,8%.
Atribuídos 6.369 vistos desde 2012
Em termos acumulados, desde que os vistos gold começaram a ser atribuídos, a 8 de outubro de 2012, até junho último, o investimento total captado ascende a 3.895.295.041,37 euros, dos quais 366.144.760,19 euros por transferência de capital e 3.529.150.281,18 euros pela compra de imóveis.
Durante este período foram atribuídos 6.369 vistos gold: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017 e 816 em 2018.
A maioria destes vistos é relativa à aquisição de imóveis: 6.017 dos 6.369. Foram ainda concedidos 341 “golden visa” por transferência de capital e 11 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
Chineses na liderança
Os cidadãos chineses continuam a ser os mais interessados neste programa (3.890 até junho). Seguem-se os brasileiros (561), os sul-africanos (254), os turcos (224) e os russos (222).
De referir que as novas regras para a obtenção de vistos gold, que alargaram os critérios de investimento para cidadãos fora da União Europeia a áreas como reabilitação urbana e ciência, entre outras, entraram em vigor a 3 de setembro de 2015.
Desde 2013 foram atribuídas 10.793 autorizações de residência a familiares reagrupados: 576 em 2013, 2.395 em 2014, 1.322 em 2015, 2.344 em 2016, 2.678 em 2017 e 1.478 em 2018.
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