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Os problemas no mercado de habitação em Lisboa marcaram a tónica do discurso de Fernando Medina nas comemorações do 5 de Outubro. O presidente da Câmara da capital assumiu que o município "não consegue sozinho combater um mercado de arrendamento sem oferta" e apelou ao Parlamento para fomentar o setor residencial.

"Um município, por maior e mais forte que seja, como Lisboa, não consegue sozinho combater um mercado de arrendamento sem oferta e um mercado de aquisição em inflação contínua. Esta é uma tarefa do parlamento", afirmou o socialista, destacando que "esta é uma responsabilidade de todos, mas é naturalmente maior para os partidos que apoiam a atual solução política".

Citado pela Lusa, Fernando Medina considerou que não seria possível celebrar "adequadamente a República" se não tivesse "expressão uma das preocupações centrais de milhares de portugueses, a concretização do direito à habitação".

"É essencial passar das proclamações inflamadas e das intervenções casuísticas para ações concretas e efetivas, é essencial avançar já", reclamou, apontando que, "entre 2013 e 2018, o número de fogos colocado para arrendamento na cidade de Lisboa caiu de 7.450 por ano para menos de metade" e destacando que também o "preço de aquisição tem subido de forma contínua".

O presidente da Câmara de Lisboa falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, e também perante deputados da Assembleia da República e Assembleia Municipal.

A ouvi-lo estavam ainda os líderes do PSD, Rui Rio, e do CDS-PP, Assunção Cristas, que é também vereadora em Lisboa.

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