O setor imobiliário assinou hoje, dia 04 de fevereiro de 2020, um conjunto de protocolos com o Governo no âmbito das rendas acessíveis. O objetivo dos acordos firmados com plataformas, portais e agentes de mediação imobiliária é facilitar a divulgação e pesquisa de alojamento acessível, bem como sensibilizar os agentes do setor para a adesão ao Programa de Arrendamento Acessível (PAA). O idealista, o marketplace imobiliário líder no sul da Europa, é um dos subscritores.
Estes acordos fazem parte de um conjunto de "passos [dados] sucessivos para a execução e operacionalização do PAA", explicou a secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, ao idealista/news, frisando que "hoje em dia, muita gente procura casa para arrendar através das plataformas eletrónicas e estes protocolos tornam possível que essa pesquisa seja feita sobre os imóveis que estão ou não disponíveis dentro do PAA”, lançado em junho de 2019.
Um dos protocolos, assinados no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, entre o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e as empresas do setor, estabelece uma parceria para promoção do PAA e visa “permitir a divulgação e pesquisa da oferta de alojamento através das plataformas imobiliárias”.
O outro acordo tem como objetivo a capacitação do setor da mediação imobiliária para o PAA, visando “promover a sensibilização e formação profissional” dos agentes deste setor.
Em janeiro deste ano chegaram ao mercado os primeiros seguros para senhorios e inquilinos, "e agora estes protocolos com as plataformas e imobiliárias e os agentes de mediação imobiliária visam tornar mais fácil o encontro entre a oferta e a procura, ou seja, promover o encontro entre potenciais arrendatários e senhorios, e ajudar a divulgar potenciais interessados”, aponta a governante.
O PAA em números
Até ao momento, segundo dados do Governo, foram submetidas 6.315 candidaturas de potenciais inquilinos e 117 contratos de arrendamento com benefícios fiscais para os senhorios, estando inscritos 392 alojamentos na Plataforma do Arrendamento Acessível.
O PAA, tal como reitera Ana Pinho, é um programa de médio prazo, que não tem “efeitos imediatos” e que se espera que “entre em velocidade cruzeiro dentro de ano e meio, dois anos”.
A meta do Governo, apontada desde o lançamento do programa, é que ao fim desse período “cerca de 20% dos contratos de arrendamento firmados sejam feitos no âmbito do PAA”. Em paralelo, o Executivo socialista de António Costa está a trabalhar a outros níveis para fomentar a oferta de habitação a preços acessíveis, orientada para a classe média portuguesa e jovens.
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