Em causa estão acordos celebrados entre o Governo e a Movijovem e associações e estruturas de AL e hotéis.
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Vêm aí 4.500 camas para estudantes em unidades de AL, hotéis e pousadas da juventude
David Kennedy on Unsplash

Empresas de Alojamento Local (AL), hotéis e pousadas da juventude puseram no mercado 4.500 camas para estudantes do ensino superior a preços regulados. Em causa estão acordos celebrados entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) e a Movijovem, que gere as pousadas da juventude, e associações e estruturas de AL e hotéis que se comprometeram a disponibilizar alojamentos para estudantes até ao fim do ano letivo de 2020/2021 “em condições de conforto, qualidade e segurança”. 

A notícia é avançada pelo Público, que adianta que os acordos começam a ser assinados esta segunda e terça-feira (21 e 22 de setembro de 2020) em cerimónias públicas no Porto, Vila Real e Lisboa. 

Segundo a publicação, as residências estudantis perderam cerca de 15% de lugares por causa das orientações da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que estabelecem um distanciamento de dois metros entre camas. Para o MCTES, este novo acordo agora assinado representa um acréscimo de 16% de camas disponibilizadas em relação ao ano anterior, quando havia 15.965. Desta forma, haverá ao todo, este ano letivo, 18.455 camas para estudantes: 12.855 camas em residências, 1.100 camas que resultam de protocolos com instituições e autarquias e, agora, estas novas 4.500 camas.

O acordo colmata a carência de lugares por causa das regras de segurança e permite acrescentar camas no mercado de residências estudantis, que tem estado, desde há alguns anos, com oferta deficitária, escreve a publicação.

No que diz respeito aos preços, variam consoante as cidades, sendo que em Lisboa irão concentrar-se dois terços das 11.500 novas camas a criar em residência universitárias. Os acordos prevêm valores de mensalidades indexados aos complementos de alojamento para bolseiros deslocados, sendo que o limite para os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras é de 285 euros, para Porto, Amadora, Almada, Odivelas e Matosinhos é de 263 euros, para Funchal, Portimão, Vila Nova de Gaia, Barreiro, Faro, Setúbal, Maia, Coimbra, Aveiro e Braga é de 241 euros e para os outros concelhos é de 219 euros. 

“[Os valores] agora terão de ser confirmados e concretizados individualmente e após os contactos pelos próprios estudantes. Estes acordos vêm assim reforçar a capacidade instalada de alojamento público para estudantes e promovem ainda uma cooperação estratégica com o sector do turismo, permitindo manter postos de trabalho e rentabilizando estruturas que, dada a diminuição da procura turística, enfrentam desafios adicionais de sustentabilidade”, conclui o MCTES.

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