Os preços das casas permaneceram “resilientes” na maioria dos países em 2020, ano marcado pelo súbito aparecimento da pandemia da Covid-19. Estabilidade foi, portanto, palavra de ordem, sendo que em alguns mercados comprar casa até ficou mais caro. A conclusão é da agência de notação financeira DBRS, que considera que as expectativas traçadas inicialmente não se consumaram, ou seja, os preços das casas não caíram.
“Os preços das casas permaneceram resilientes com a maioria dos mercados a subir ou a permanecerem estáveis, em vez de caírem, como se temia no início da pandemia. A expectativa na fase inicial da pandemia era que os preços tivessem uma correção modesta em relação aos níveis do final de 2019”, refere a DBRS na nota “The Impact of Covid-19 on European Mortgage Performance – One Year On…”, divulgada esta segunda-feira (14 de junho de 2021).
Segundo a agência de ‘rating’, o cenário não se verificou em 2020, visto que a procura pelo segmento residencial manteve-se “forte”, bem como a disponibilidade dos bancos em emprestarem dinheiro para a compra de casa.
Fatores que combinados têm contribuído para o facto dos preços das casas terem inclusive aumentado em algumas geografias, continuando a procura em alta.
Na mesma nota, a DBRS revela que, apesar da “incerteza económica” que ainda existe, “as piores expetativas foram evitadas”, quer no segmento imobiliário residencial quer no mercado do crédito à habitação. Para tal, diz a agência de notação financeira, muito contribuíram os apoios dos Governos para mitigar as perdas de emprego e falências, bem como a rápida adaptação das empresas e consumidores ao teletrabalho e às compras online e a adoção de moratórias bancárias.
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