Só as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto concentram 53% do total de novos contratos.
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Arrendar casa
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Houve mais famílias a arrendar casas entre abril e junho de 2021 do que no mesmo período do ano passado. É o que dizem os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que dão conta que o número de novos contratos de arrendamento em Portugal no segundo trimestre 2021 situou-se nos 20.568, registando, assim, “um aumento acentuado” de 49,3% face ao trimestre homólogo, um período que foi, aliás, “particularmente afetado pela pandemia”. A par desta evolução, a renda mediana a nível nacional também subiu – em concreto 11,5% -, fixando-se nos 6,03 euros por metro quadrado (euros/m2) no mesmo período.

Analisando à lupa as variações dos novos contratos de arrendamento em Portugal, o INE refere no seu relatório que a taxa de variação face aos primeiros três meses do ano foi de +3,0%. Mas sublinha que este período foi “igualmente marcado por restrições à mobilidade em consequência da pandemia”.

Também salta à vista no documento que houve mais famílias a arrendar casas em todas as sub-regiões do país no segundo trimestre. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou mais de um terço dos novos contratos de arrendamento, nomeadamente 7.171. Cerca de 18% dos novos contratos foram assinados na Área Metropolitana do Porto (o equivalente a 3.673). Isto quer dizer que, contas feitas, só Lisboa e Porto concentram 53% do total de novos contratos do país.

Em terceiro lugar está o Algarve, onde foram selados 1.299 novos contratos de arrendamento (6,3% do total). Logo a seguir vem a Região de Coimbra com 894 contratos fechados (4,3%). No fundo da tabela, está o Baixo Alentejo que apresentou o menor número de novos contratos de arrendamento registados entre abril e junho de 2021, nomeadamente 108, mostram os dados do INE publicados esta terça-feira, dia 28 de setembro de 2021.

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Renda mediana sobe 11,5%

Também a renda mediana dos novos contratos de arrendamento aumentou no segundo trimestre, mas não tanto como o número de novos contratos. A renda mediana dos 20.568 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 6,03 euros/m2 e “este valor representa um aumento de 11,5% face ao segundo trimestre de 2020, período particularmente afetado pela pandemia e pelas medidas de confinamento implementadas para a sua mitigação”, lê-se no relatório. Relativamente aos primeiros três meses do ano, a renda mediana aumentou 4,1%.

Assim, o INE conclui que este crescimento das rendas medianas no país entre abril e junho de 2021 “está claramente acima da taxa de variação homóloga observada no primeiro trimestre, +5,3%, período também fortemente afetado pelo contexto pandémico”.

Olhando para as sub-regiões, há várias que apresentam valores de rendas medianas superior à media nacional: a Área Metropolitana de Lisboa (8,82 euros/m2), Algarve (6,96 euros/m2), Área Metropolitana do Porto (6,40 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (6,32 euros/m2). Os valores de rendas mais baixos nos novos contratos de arrendamento habitacionais foram observados em Terras de Trás-os-Montes (2,79 euros/m2) e no Alto Alentejo (2,80 euros/m2).

O INE dá conta que houve um aumento das rendas das casas entre abril e junho face ao período homólogo em 20 das 25 sub-regiões do país. Em destaque está o Oeste (+12,3%), a Região de Aveiro (+11,9%), a Região Autónoma da Madeira (+11,3%) e a Área Metropolitana do Porto (+10,2%), que registaram os maiores crescimentos homólogos.  No grupo de cinco sub-regiões do país onde se registou uma queda nas rendas medianas, as reduções oscilaram entre 6,5% (Região Autónoma dos Açores) e 1,1% (Alto Alentejo).

Arrendar casa em Portugal
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