Mas será um aumento pouco expressivo, tendo em conta a taxa de inflação de julho, publicada pelo INE.
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Rendas em 2022
Foto de Suzy Hazelwood no Pexels

As rendas habitacionais devem voltar a subir em 2022, depois de terem permanecido inalteradas este ano e de terem também subido entre 2016 e 2020. Será, no entanto, um aumento pouco expressivo, tendo em conta que, excluindo a habitação, a taxa de inflação fixou-se em 0,29% em julho. O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 1,5% em julho face ao período homólogo, mais 1% que em junho, anunciou esta quarta-feira (11 de agosto de 2021) o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Excluindo a habitação, a taxa de inflação fixou-se em 0,29% em julho, o que indica que as rendas irão subir em 2022, escreve o ECO, tendo por base o boletim Estimativa Rápida do IPC/IHPC, divulgado pelo INE dia 30 de julho de 2021. No boletim mais recente, divulgado dia 11 de agosto, o INE confirma que a taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 1,5% em julho, mas não revela que a taxa de inflação, excluindo a habitação, se tenha fixado em 0,29% no mesmo mês.

“A variação homóloga das rendas de habitação por metro quadrado (m2) foi 1,9% em julho de 2021 (2% no mês anterior). Todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (2,1%). O valor médio das rendas de habitação por m2 registou uma variação mensal de 0,2%, valor superior em 0,1% ao registado no mês anterior. A região com a variação mensal positiva mais elevada foi o Algarve, com uma taxa de 0,3%, não se tendo observado nenhuma região com variação negativa no respetivo valor médio das rendas de habitação”, lê-se no boletim.

Há que esperar, agora, pelos dados de agosto, que permitirão saber oficialmente que evolução terão as rendas. É de esperar, no entanto, que as mesmas cresçam, visto que, este ano, a taxa média dos preços sem habitação apresentou em todos os meses valores positivos. Ou seja, seria preciso haver uma quebra acentuada este mês para o resultado ser diferente, explica a publicação.

Confirmando-se este cenário, as rendas voltam a subir em 2022 depois de terem congeladas em 2021. Uma estagnação que aconteceu depois de subidas em 2020 (0,51%), 2019 (1,15%), 2018 (1,12%), 2017 (0,54%) e 2016 (0,16%).

Aumento deverá situar-se entre 0,4% e 0,5% 

Entretanto, e de acordo com o Jornal de Negócios, o aumento das rendas deverá situar-se entre 0,4% e 0,5%. Esta é, pelo menos a previsão da economista do banco BPI Teresa Gil.

"Em agosto, é expectável uma aceleração face a julho, acompanhando o comportamento do índice global", referiu a responsável. Segundo a publicação, a estimativa para o índice global (que inclui também a habitação) é que chegue em agosto aos 0,5%, fechando o ano nos 0,9%. Historicamente não há grande diferença entre um e outro [julho e agosto], mas "de 2018 para cá, tem de facto havido um ligeiro desvio de -0,1% no índice sem habitação face ao índice global", adiantou Teresa Gil, admitindo que em agosto aquele fique novamente um pouco abaixo. "Este mês [agosto] a taxa de inflação média excluindo habitação situar-se-á entre 0,4% e 0,5%", apontou Teresa Gil.

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