Não é novidade que o setor imobiliário foi um dos que melhor conseguiu fintar a crise em tempos de pandemia da Covid-19. Uma resiliência que não teve impacto no preço das casas, que continuaram a subir um pouco por todo o mundo de forma generalizada, nomeadamente em Portugal. Um cenário que está a contribuir para que o risco de bolha imobiliária esteja a ganhar força, alerta o banco suíço UBS no seu mais recente relatório, divulgado esta quarta-feira (13 de outubro de 2021).
Segundo o estudo anual “UBS Global Real Estate Bubble Index 2021”, o risco de bolha aumentou, em média, durante o ano passado, assim como a possibilidade de uma correção dos preços em muitas das cidades analisadas – foram, ao todo, 25 metrópoles, sendo que Lisboa não integra a lista.
O relatório conclui, ainda, que em todas as cidades analisadas, o crescimento dos preços das casas acelerou para 6% em termos ajustados pela inflação. Isto entre meados de 2020 e meados de 2021. Trata-se do maior aumento em sete anos (desde 2014).
Frankfurt (Alemanha), Toronto (Canadá) e Hong Kong lideram o ranking, conclui o estudo, adiantando que o risco de bolha imobiliária também é elevado em Munique (Alemanha), Zurique (Suíça), Vancouver (Canadá), Estocolmo (Suécia), Amesterdão (Países Baixos) e Paris (França).
De referir ainda que entre as 25 cidades analisadas, os preços das casas apenas não subiram em quatro: Milão (Itália), Paris (França), Nova Iorque (EUA) e São Francisco (EUA).
Por outro lado, assistiu-se a um crescimento de dois dígitos em cinco metrópoles: Moscovo (Rússia), Estocolmo (Suécia), Sydney (Austrália), Tóquio (Japão) e Vancouver (Canadá).
As cidades europeias foram, de resto, responsáveis por seis dos nove mercados imobiliários mais desequilibrados do mundo.
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Evergrande!
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