
Num momento em que profissionais do imobiliário reclamam falta de oferta em Portugal, o mercado dá sinais de dinamismo. Até ao final do mês de agosto, foram licenciadas pelas câmaras municipais 12.336 obras de construção nova e reabilitação em edifícios residenciais, o que traduz um aumento de 11,7%, face ao observado no mesmo período do ano anterior.
O número de fogos licenciados em construções novas aumentou 11,6% para 18.475, segundo a síntese estatística da habitação da Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). Em junho de 2021, recorde-se, este número cifrava-se nos 14.279 fogos, e em julho, nos 16.558.

No que diz respeito ao novo crédito para aquisição de habitação concedido pelas instituições financeiras nos primeiros oito meses do ano, assistiu-se a um crescimento de 37,9%, em relação aos mesmos meses de 2020, para 9.826 milhões de euros.
Em agosto, o valor mediano da habitação para efeitos da concessão de crédito bancário regista uma valorização de 8,2% em termos homólogos, em resultado de variações de 9,9% nos apartamentos e de 3,2% nas moradias.
Já o consumo de cimento no mercado nacional nos primeiros oito meses de 2021 totalizou 2,55 milhões de toneladas, o que corresponde a um acréscimo de 7,0%, em termos homólogos acumulados.

A Madeira é a região em destaque. De acordo com a AICCOPN, na Região Autónoma da Madeira, o número de fogos licenciados em construções novas nos doze meses terminados em agosto de 2021 foi de 487, o que traduz um aumento de 5,4% face aos 462 alojamentos licenciados nos doze meses anteriores. Destes, 10% são de tipologia T0 ou T1, 26% são de tipologia T2, 58% de tipologia T3 e 6% de tipologia T4 ou superior. Quanto ao valor de avaliação bancária na habitação nesta região verificou-se, em agosto, uma variação homóloga de 11,5%.
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