
A Câmara Municipal de Grândola está a preparar um pacote de medidas para facilitar o acesso à habitação no concelho, e aumentar a oferta de casas a preços mais acessíveis. O plano inclui lotes municipais para autoconstrução; cedência de terrenos para construção cooperativa a custos controlados; e construção de habitação municipal para arrendamento acessível.
Para implementar estes programas, a Câmara está a adquirir terrenos urbanos - numa primeira fase serão cerca de 4 hectares, além de ir incluir terrenos municipais que ainda estão disponíveis. Segundo o comunicado da autarquia, os diversos programas de habitação acessível vão avançar faseadamente e “serão divulgados à população através dos vários meios municipais”.
Paralelamente, o município continuará a dar seguimento à Estratégia Local de Habitação – direcionada para famílias desfavorecidas, e que inclui a reabilitação dos mais de 200 fogos municipais, bem como, a construção de novos fogos.
“O acesso à habitação continua a ser um problema nacional, que se tem agravado nos últimos anos com o aumento descontrolado da inflação e da especulação imobiliária. Como já fizemos em outros momentos, vamos intervir neste processo, contudo, temos noção que este problema não se resolve apenas com medidas municipais. São necessárias medidas estruturais por parte do Governo, mais robustas”, considera o presidente da câmara, António Figueira Mendes.
Para o autarca, “as famílias só conseguem adquirir uma habitação própria, mesmo que a preços acessíveis, se o Governo assegurar, entre outras coisas, condições favoráveis para o acesso ao crédito habitação, bem como, fixação de limites máximos para as prestações”. “Se não for assim será muito difícil os jovens conseguirem comprar a sua casa”, comenta.
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