Câmara do Porto em vez da residência de estudantes está a estudar outras soluções para transformar conjunto de 22 propriedades.
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casas para estudantes
Foto de Joshua Mayo no Unsplash

A Câmara do Porto está a estudar uma “solução” que permita transformar um conjunto de 22 propriedades no Morro da Sé – algumas municipais, outras já expropriadas - em habitação acessível para estudantes. Nesta zona, recorde-se, estava prevista a construção de uma residência universitária por parte da autarquia, mas os planos parecem agora ser outros.

Depois de “descartadas as opções de concessão e recurso a verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a autarquia encontra-se a estudar investimento para habitação estudantil no Morro da Sé, tal como se pode ler no site Porto.pt.

O vereador da Habitação, Pedro Baganha, citado em comunicado, admite as dificuldades que o processo tem enfrentado, explicando que a primeira solução “passou por uma tentativa de concessão” a uma entidade privada, o que não veio a acontecer porque “os preços seriam demasiado elevados” e não permitiriam que ali nascesse alojamento em condições acessíveis à maior parte dos estudantes.

“O município ainda chegou a lançar um concurso para encontrar um parceiro privado que ajudasse a desenvolver a dita residência de estudantes, contemplada no Plano Estratégico do Morro da Sé. No entanto, a mesma variável – os custos – tornaram a parceria inviável”, lê-se ainda.

A última tentativa para encontrar financiamento foi a candidatura ao PRR para habitação estudantil, mas confirma o também administrador da Porto Vivo, SRU, a empresa municipal de reabilitação urbana, que “a intervenção no Morro da Sé é demasiado cara” para a dotação daquele pacote de financiamento.

“Estamos a falar de um conjunto de 22 propriedades que estão integradas numa área que é Património da Humanidade, cuja reabilitação tem de ser feita tomando em consideração esses valores arquitetónicos”, sublinha Pedro Baganha, confirmando que a intervenção será mais dispendiosa do que “uma reabilitação normal noutro local ou até mesmo do que uma construção de raiz”.

Para contornar a limitação do PRR para residências universitárias e sem abandonar o plano estratégico definido, a Câmara está a estudar “a possibilidade de ir, não pela dotação para alojamento estudantil, mas para habitação acessível”. “O objetivo”, esclarece Pedro Baganha, “seria não ter uma só residência, mas um conjunto de apartamentos, de co-housing, que já não têm que estar ligados fisicamente, e destiná-los a estudantes”.

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