Oito em cada 10 apartamentos para arrendar em Portugal possuem áreas superiores a 60 m2. Mas agregados são cada vez mais pequenos.
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Arrendar casas pequenas
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Quem quer iniciar a vida junto aos grandes centros urbanos procura casas funcionais, eficientes, confortáveis e bem localizadas. E, apesar de os agregados em Portugal serem cada vez mais pequenos e de haver famílias dispostas a viver em casas mais pequenas (porque são, muitas vezes, mais baratas), a verdade é que a oferta de minicasas para arrendar em Portugal continua a ser escassa. Isto porque, segundo um estudo do idealista, só 1,6% dos apartamentos para arrendar têm uma área inferior a 30 metros quadrados (m2), uma percentagem semelhante à observada no início de 2023.

O estudo do idealista - que tem por base os anúncios de apartamentos para arrendar publicados no portal nos últimos 3 meses – mostra, portanto, que a oferta de minicasas é uma minoria no mercado de arrendamento (habitações com menos de 30 m2), uma tendência que já se verifica desde, pelo menos, o início do ano passado. Por outro lado, se considerarmos as casas para arrendar entre os 30 m2 e os 60 m2 verificamos que a oferta aumenta, representando 19,1% do stock total neste período.

Já a fatia mais expressiva dos apartamentos disponíveis para arrendar em Portugal (39,2%) diz respeito a uma área entre 60 m2 e 100 m2. Seguem-se os apartamentos com áreas compreendidas entre 100 m2 e 150 m2, que representam 26,9% do total da oferta, e, por último, 13,2% dos apartamentos têm um tamanho superior a 150 m2. Isto quer dizer que em Portugal cerca de oito em cada dez apartamentos para arrendar têm mais de 60 m2, uma oferta que não está adaptada aos atuais agregados familiares que, estatisticamente, tendem a ser cada vez mais pequenos.

Em que distritos e ilhas há mais minicasas para arrendar em Portugal?

Os dados do idealista sugerem, assim, que o mercado de arrendamento possui uma baixa oferta de minicasas. E a sua distribuição pelos diferentes distritos e ilhas do país é desigual: há territórios em que a oferta de minicasas representa mais de 5% do stock distrital. Mas há outros territórios que não apresentaram qualquer oferta de apartamentos com áreas inferiores a 30 m2 no período analisado, como Viana do Castelo, ilha Terceira, ilha de São Miguel, ilha de Porto Santo, ilha Graciosa e ilha do Faial.

No extremo oposto está Bragança, onde a oferta de minicasas pesa 9,6% no stock do distrito, seguido de Coimbra (7,1%), Beja (5,7%), Castelo Branco (5,2%) e a Guarda (3,6%). A lista dos distritos e ilhas que apresentam maior stock de minicasas para arrendar segue com Évora (2,6%), Portalegre (2,5%) Braga (2,2%), Aveiro (1,9%), Vila Real (1,8%), Leiria (1,8%), Santarém (1,6%), Porto (1,5%), Lisboa (1,4%), Viseu (1,3%), Setúbal (1%) e Faro (1%).

Com uma incidência inferior a 1% de casas com menos de 30m2, apenas se encontra a ilha da Madeira (0,4%).

Oferta de minicasas é baixa, mesmo nas grandes cidades

As habitações com menos de 30 m2 não representam uma amostra significativa no mercado de arrendamento em Portugal, nem mesmo nas grandes cidades, como Lisboa e o Porto.

Em Lisboa, apenas 1,6% das casas possuem menos de 30 m2. Tal como a nível nacional, a grande maioria das habitações na capital tem áreas superiores:

  • 20,1% dos apartamentos têm entre 30 m2 e 60 m2;
  • 41,6% têm entre 60 m2 e 100 m2;
  • 23,0% têm entre 100 e 150 m2;
  • 13,8% possuem mais de 150m2.

A situação é semelhante no Porto, onde apenas 1,9% dos apartamentos para arrendar têm menos de 30 m2. São as casas mais espaçosas as que representam a maior fatia do mercado da Invicta:

  • 38,3% dos apartamentos para arrendar têm entre 30 e 60 m2;
  • 31,1% têm entre 60 m2 e 100 m2;
  • 18,2% têm entre 100 e 150 m2;
  • 10,5% possuem mais de 150m2.

É mesmo em Bragança (12,5%) é onde se encontra uma maior oferta de minicasas para arrendar seguida por Beja (11,1%) e Coimbra (10,5%).

Já em Ponta Delgada, Portalegre, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu não se registou qualquer anúncio de minicasa no mercado de arrendamento nos últimos três meses.

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