Rendas em Lisboa ultrapassam os 20 euros/m2 pela primeira vez em 2023, mostra o idealista. Coimbra lidera subida das rendas.
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Arrendar casa em Portugal
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O mercado de arrendamento foi encarado como um “refúgio” ao longo de 2023, numa altura em que comprar casa se tornou mais difícil, quer pela subida dos preços das habitações e dos juros nos créditos, quer pela perda de poder de compra por via da inflação. Mas a oferta de casas no mercado de arrendamento não acompanhou a dinâmica da procura, gerando uma subida dos preços das casas para arrendar em Portugal de 20,4% em 2023, tendo em conta os dados de dezembro de 2023 e do mesmo mês do ano passado. Assim, arrendar casa tinha o custo mediano de 15,5 euros por metro quadrado (euros/m2) no final de dezembro, segundo revela o índice de preços do idealista. Já em relação à variação mensal, a subida da renda da casa foi de 0,8% e a trimestral de 0,9%.

Rendas das casas sobem em todas as grandes cidades

Em dezembro, o preço do arrendamento residencial subiu em todas as capitais de distrito com amostras representativas, com o Coimbra (31,8%) a liderar a lista. Seguem-se o Funchal (28%), Faro (23,3%), Setúbal (19,9%), Leiria (19%), Braga (17,7%), Lisboa (17,4%), Porto (14,4%), Évora (13,2%), Santarém (8,8%) e Aveiro (5,7%).

Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21 euros/m2. Porto (16,9 euros/m2) e Funchal (14,5 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,4 euros/m2), Setúbal (11,6 euros/m2), Évora (11,5 euros/m2), Aveiro (11,4 euros/m2), Coimbra (10,6 euros/m2) e Braga (8,6 euros/m2).

Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação em Portugal são Santarém (7,4 euros/m2) e Leiria (8,1 euros/m2), apontam os mesmos dados.

Casas para arrendar custam mais nos distritos e ilhas

Todos os distritos e ilhas analisados e com amostras representativas apresentaram uma subida de preços das casas para arrendar em 2023, com a exceção de Vila Real onde os preços desceram 9,3%. A liderar as subidas das rendas, encontram-se Portalegre (35,2%), Viseu (32,7%) e Coimbra (28,5%).  

A lista de territórios que apresentaram as maiores subidas nas rendas das casas segue com a ilha da Madeira (25,2%), Porto (23,3%), Setúbal (21%), Leiria (18,7%), Castelo Branco (18,6%), Faro (17,7%), Lisboa (17,7%), Santarém (17,1%), Braga (14,1%), Aveiro (13,8%), ilha de São Miguel (13,5%), Évora (10,3%) e Viana do Castelo (5,4%).

O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,1 euros/m2), seguido pelo Porto (15,1 euros/m2), ilha da Madeira (13,5 euros/m2), Faro (13,2 euros/m2), Setúbal (12,5 euros/m2), Évora (10,3 euros/m2), Coimbra (9,8 euros/m2), Leiria (9,3 euros/m2), Aveiro (9,3 euros/m2), ilha de São Miguel (9,1 euros/m2), Braga (8,5 euros/m2), Viana do Castelo (8,1 euros/m2), Castelo Branco (7,5 euros/m2) e Viseu (7,4 euros/m2).

Os preços mais económicos para arrendar casa encontram-se em Portalegre (6,1 euros/m2),  Vila Real (6,2 euros/m2) e Santarém (7,3 euros/m2).

Preço das casas para arrendar sobe em todas as regiões

Em 2023, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas encontra-se a Região Autónoma da Madeira (27,1%), seguida pelo Norte (22,9%) e Alentejo (20,5%). Seguem-se o Centro (20%), Área Metropolitana de Lisboa (18,7%), Algarve (17,7%) e Região Autónoma dos Açores (16,1%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,4 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar uma habitação, seguida pelo Norte (13,7 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (13,6 euros/m2) e Algarve (13,2 euros/m2).

Já no outro lado da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (8,9 euros/m2), o Centro (9,0 euros/m2) e o Alentejo (9,7 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa.

Renda das casas em Portugal
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