Há três municípios portugueses onde as rendas das casas custam menos de 250 euros por mês. Descobre quais são.
Casas para arrendar em Portugal
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Arrendar casa em Portugal continua a ser uma opção para muitas famílias, dada a flexibilidade que apresenta, a par do menor investimento inicial exigido face à aquisição de habitação. Acontece que as rendas das casas continuam a ficar bem mais caras nos grandes centros urbanos, pressionando os salários. Muitas vezes a procura por rendas mais acessíveis leva as famílias a mudarem-se para as periferias de Lisboa e do Porto, bem como para o interior do país, onde se situam os 10 municípios mais baratos para arrendar casa.

A renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu os 7,21 euros/m2 em 2023 (últimos 12 meses terminados no segundo semestre do ano passado), sendo este o valor mais elevado desde 2020, tal como revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) no boletim publicado esta quinta-feira, dia 28 de março. A verdade é que foram 38 municípios – sobretudo, os situados na Grande Lisboa e na metrópole do Porto - que pressionaram o aumento do custo do arrendamento neste período.

Isto porque a maioria dos 215 concelhos com dados disponíveis (num universo de 308) apresentam rendas das casas inferiores à mediana nacional. Aliás, há 119 municípios onde as casas foram arrendadas por menos de 5 euros/m2. Como seria de esperar, onde é mais barato arrendar casa é, essencialmente, no interior do país. Fica a conhecer quais são os municípios mais baratos  para arrendar casa em Portugal.

Renda das casas em Portugal
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Os 10 municípios mais baratos para arrendar casa são…

É preciso viajar para o interior do país para conhecer aqueles que foram os 10 municípios mais baratos para arrendar casa em 2023. Isto porque localizam-se, sobretudo, nos distritos que fazem fronteira com Espanha, como é o caso da Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Évora. As exceções são: o distrito do Porto, representado pelo município de Baião, e o distrito de Viseu, pelo concelho de Satão.

Foi Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda) o concelho mais acessível de todos para arrendar uma habitação durante o ano passado, tendo custado apenas 2,08 euros/m2. Logo a seguir está Vila Flor (Bragança) e Trancoso (Guarda). Nestes três municípios, arrendar uma casa de 100 metros quadrados custou, em termos medianos, menos de 250 euros por mês.

No fundo da lista está Mogadouro, Sátão e Mirandela. Todos estes municípios apresentam rendas das casas inferiores a 3 euros/m2, o que quer dizer que é possível arrendar uma habitação de 100 m2 por menos de 300 euros por mês (em termos medianos).

… e estes são os 10 concelhos com o custo do arrendamento mais elevado

Sem surpresa, é nos grandes centros urbanos onde as casas para arrendar são mais caras, como é o caso de Lisboa, Porto, Setúbal e a Madeira. Em primeiro lugar está Lisboa, que arrecada a medalha do município com o mercado de arrendamento mais caro de todos. Aqui arrendar uma habitação custou 15,22 euros/m2 em 2023, o que significa que uma habitação de 100 m2 teve o custo mediano de 1.522 euros por mês.

Cascais e Oeiras surgem na segunda e terceira posições, respetivamente, com rendas das casas de 14,22 euros/m2 e 13 euros/m2. A seguir está município do Porto com a quarta renda mais cara a nível nacional (11,72 euros/m2).

Neste ranking estão, portanto, os 8 municípios do país que apresentam rendas medianas iguais ou superiores a 10 euros/m2. Ou seja, o arrendamento de uma habitação de 100 m2 equivale ao pagamento de mais de 1.000 euros por mês. As únicas exceções à regra são o Funchal e Loures, que registaram custos medianos no arrendamento ligeiramente inferiores, de 9,78 euros/m2 e 9,68 euros/m2, respetivamente.

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