
Depois de passarem anos a subir a alta velocidade, as rendas das casas começaram a abrandar na reta final de 2023, espelhando um maior equilíbrio entre a procura e oferta de habitação disponível neste mercado. O que se observa no arranque de 2024 é que os preços das casas para arrendar em Portugal voltaram a acelerar ligeiramente o seu crescimento, aumentando 2% entre o primeiro trimestre de 2024 e o trimestre anterior (a variação trimestral registada no final de 2023 foi de 0,9%). Assim, arrendar casa passou a ter um custo mediano de 15,8 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de março, aponta o índice de preços do idealista. Já em relação à variação mensal, as rendas das casas voltaram a manter-se estáveis.
Rendas das casas sobem em 7 capitais de distrito
Tendo em conta as 12 capitais de distrito com amostras representativas, salta à vista que o preço de arrendamento subiu em sete cidades, com Braga (6,9%) a liderar a lista. As outras cidades que viram o custo de arrendar casa subir entre o início de 2024 e o final do ano passado foram: Santarém (6,3%), Coimbra (4,8%), Castelo Branco (2,8%), Lisboa (2,6%), Porto (1,4%) e Setúbal (1,1%).
Por outro lado, as rendas das casas desceram em Évora (-7,6%), Funchal (-7,4%), Faro (-4,3%), Aveiro (-2,1%) e em Leira (-0,8%), mostram os dados.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21,5 euros/m2. Porto (17,1 euros/m2) e Funchal (13,5 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (11,9 euros/m2), Setúbal (11,7 euros/m2), Coimbra (11,2 euros/m2), Aveiro (11,1 euros/m2), Évora (10,7 euros/m2) e Braga (9,2 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Castelo Branco (6,8 euros/m2), Santarém (7,9 euros/m2), e Leiria (8 euros/m2).
Arrendar casa ficou mais caro em 9 distritos/ilhas – e mais barato em 7
Dos 18 distritos e ilhas analisados, os preços das casas para arrendar subiram em apenas metade dos territórios. Foi em Beja onde arrendar uma habitação ficou mais caro, com o preço a subir 12,6% entre o final de 2023 e o início de 2024. As rendas das casas também aumentaram em Braga (7%), Coimbra (5%), Lisboa (2,5%), Santarém (1,7%) e Aveiro (1,4%). As menores subidas das rendas tiveram lugar em Faro (1%), Setúbal (0,7%) e Viana do Castelo (0,6%).
Já no Porto (0,2%) e em Leiria (0,1%) os preços das casas para arrendar mantiveram-se estáveis durante esse período. E as rendas desceram mesmo em Castelo Branco (-9,6%), ilha de São Miguel (6%), Portalegre (-4,5%), Vila Real (-4,4%), Évora (-4,3%), Viseu (-4,1%) e ilha da Madeira (-0,9%).
O ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (19,6 euros/m2), seguido pelo Porto (15,1 euros/m2), ilha da Madeira (13,4 euros/m2), Faro (13,4 euros/m2), Setúbal (12,6 euros/m2), Coimbra (10,3 euros/m2), Beja (10,2 euros/m2), Évora (9,9 euros/m2), Aveiro (9,4 euros/m2), Leiria (9,3 euros/m2) e Braga (9,1 euros/m2).
Os preços mais económicos para arrendar uma habitação encontram-se em Portalegre (5,8 euros/m2), Vila Real (5,9 euros/m2), Castelo Branco (6,8 euros/m2), Viseu (7,1 euros/m2), Santarém (7,5 euros/m2), Viana do Castelo (8,2 euros/m2) e ilha de São Miguel (8,5 euros/m2).
Rendas das casas descem nos Açores e na Madeira
Durante o primeiro trimestre de 2024, os preços das casas para arrendar desceram na Região Autónoma dos Açores (-2,7%) e na Região Autónoma da Madeira (-2,1%). Mas as rendas voltaram a subir no Alentejo (3,7%), Área Metropolitana de Lisboa (2,5%), Centro (1,1%) e no Algarve (1%). Já na região Norte (0,3%), os preços mantiveram-se estáveis nesse período.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 18,9 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Norte (13,8 euros/m2), Algarve (13,4 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (13,3 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (8,7 euros/m2), Centro (9,1 euros/m2) e o Alentejo (10 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar casa.

Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
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