Portugal, juntamente com Luxemburgo, Países Baixos e Alemanha, está a falhar no controlo da explosão de preços da habitação.
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Preço das casas
Foto de Etienne Girardet na Unsplash

Os preços das casas em Portugal subiram muito nos últimos anos, sendo esta uma tendência que tende a manter-se caso a oferta de habitação no mercado não aumente, conforme sustentam vários especialistas. Os indicadores que vêm do exterior apontam para outro dado revelador: Portugal integra um pequeno conjunto de países da OCDE – composto por Luxemburgo, Países Baixos e Alemanha – que no pós-pandemia viu os preços das casas disparar e não está a conseguir por um travão ao fenómeno. 

Em causa está uma informação publicada num artigo publicado na edição de dezembro da revista “Finance and Development", do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o mesmo, verifica-se “uma onda global de exuberância de preços reais da habitação antes da pandemia” que foi acelerada por esta. 

“Mas graças a regras de crédito mais rigorosas e à regulação macroprudencial, a exuberância no rácio preço/rendimento ficou limitada a apenas quatro países: Portugal, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha”, lê-se no artigo

Num outro artigo que consta na mesma publicação, o FMI dá conta, por exemplo, que se verificou uma “súbita deterioração da acessibilidade nos últimos dois anos”, já num cenário pós-pandemia. 

Nos EUA, a maior economia do mundo, a acessibilidade à habitação desceu de cerca de 150 em 2021 para cerca de 80 até 2024. E no Reino Unido, o mesmo índice recuou de 105 em 2021 para 70 em 2024. “Quedas semelhantes ocorreram na Áustria, Canadá, Hungria, Polónia, Portugal, Turquia e nos países bálticos”, lê-se na publicação, que dá conta de que se assistiu a “uma inversão súbita da melhoria geral da acessibilidade ao longo dos últimos anos”.

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