
O custo de comprar casa em Portugal continua a aumentar de forma acelerada, muito mais do que os salários das famílias, uma tendência que tem vindo a agravar o acesso à habitação. Segundo a mais recente análise do idealista, seria preciso uma família poupar mais de 15 anos do seu salário líquido para comprar uma casa com dois quartos no país, sem recurso a crédito habitação. Isto porque o preço mediano de um imóvel com estas características é de 270.789 euros, o que representa 15,7 vezes os 17.297 euros de rendimento líquido anual das famílias.
Quantos anos é preciso poupar parar comprar casa em cada cidade?
Entre as capitais de distrito do país, é no Funchal onde é necessário acumular rendimentos familiares durante mais tempo para comprar casa sem financiamento bancário (23,2 anos). São precisos longos anos de poupança de salário para adquirir habitação também em Faro (22,8 anos), Lisboa (21,1 anos), Porto (16,4 anos), Aveiro (15,6 anos), Ponta Delgada (14,4 anos), Viana do Castelo (12,9 anos), Braga (12,6 anos), Leiria (12 anos), Viseu (11,6 anos), Setúbal (11,2 anos), Coimbra (10,6 anos) e em Évora (10,3 anos).
Por outro lado, onde é preciso menos tempo de acumulação de rendimentos líquidos para adquirir uma habitação T2 são: Guarda, com apenas 4 anos, seguida por Castelo Branco (4,5 anos), Beja (5,1 anos), Portalegre (5,1 anos), Bragança (7,4 anos), Santarém (7,9 anos) e Vila Real (9 anos).
Lisboa é a cidade mais cara para comprar casa com dois quartos, uma vez que o custo mediano é de 484.390 euros. Segue-se o Funchal (439.804 euros), Faro (396.010 euros), Porto (340.496 euros), Aveiro (303.901 euros), Ponta Delgada (283.662 euros), Braga (233.206 euros), Coimbra (226.472 euros), Viana do Castelo (217.276 euros), Leiria (216.366 euros), Viseu (213.952 euros), Setúbal (208.898 euros), Évora (196.778 euros), Vila Real (162.854 euros) e Santarém (138.362 euros).
Em sentido contrário, as grandes cidades onde as habitações T2 estão mais baratas são Guarda (72.672 euros), Castelo Branco (78.077 euros), Portalegre (90.262 euros), Beja (91.579 euros) e Bragança (131.290 euros), revela o idealista.
Comprar casa no distrito de Faro leva mais tempo de poupança de salários
Entre os distritos e ilhas portuguesas, Faro é o que exige mais anos de poupança de rendimento para adquirir uma casa, com um total de 26,1 anos. Seguem-se a Madeira (23,7 anos), Lisboa (17,6 anos) e Porto (17,4 anos). Abaixo da média nacional está a ilha de São Miguel (14,4 anos), Aveiro (13,6 anos), Braga (12,7 anos), Setúbal (12,2 anos), Leiria (11,7 anos), Viana do Castelo (10,8 anos), Coimbra (9,3 anos), Viseu (8,1 anos), Santarém (7,6 anos), Évora (7,5 anos), Vila Real (6,8 anos) e Beja (6,4 anos).
Por outro lado, a Guarda é o distrito onde é necessário menos tempo de rendimentos familiares economizados para comprar casa, com apenas 3,7 anos. Seguem-se Portalegre (4,4 anos), Bragança (5,2 anos) e Castelo Branco (5,3 anos).
É na ilha da Madeira onde se encontram os preços mais elevados para a compra de uma casa T2, com uma mediana de 404.785 euros. Seguem-se Faro, onde o preço das casas (mediano) atinge os 395.725 euros, Lisboa, (348.259 euros) e o Porto (295.632 euros).
Ainda com preços das casas com dois quartos acima dos 200.000 euros encontra-se a ilha de São Miguel (248.269 euros), Aveiro (225.008 euros), Setúbal (222.412 euros), Braga (201.191 euros), Leiria (193.128 euros), Coimbra (167.531 euros), Viana do Castelo (162.633 euros), Viseu (127.467 euros), Évora (127.126 euros), Santarém (122.685 euros) e Vila Real (100.538 euros).
Por outro lado, a Guarda é o distrito com os preços mais baixos para habitações de dois quartos, com uma mediana de 56.700 euros. Seguem-se Portalegre (68.724 euros), Bragança (79.821 euros), Castelo Branco (83.982 euros) e Beja (97.445 euros).
Metodologia
Os valores apresentados referem-se à mediana dos preços das habitações de dois quartos em cada distrito/ilha e capital de distrito no último trimestre de 2024. Os dados sobre o rendimento líquido familiar provêm de fontes estatísticas oficiais, sendo o último valor disponível referente a 2021.
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