Reabilitar ou renovar uma casa antiga, tornando-a mais sustentável e eficiente energeticamente, pode ser uma dor de cabeça, bem como significar um avultado investimento financeiro. Mas há apoios e benefícios importantes a ter em conta na hora de dar resposta à pobreza energética na qual se encontram as habitações de muitos portugueses. Explicamos tudo sobre este tema no artigo desta semana da Deco Alerta.
A rubrica semanal Deco Alerta é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news e destina-se a todos os consumidores em Portugal.
Comprámos uma vivenda muito antiga, desabitada e a precisar urgentemente de uma renovação total. Queremos reparar e remodelar a casa de forma sustentável e o mais eficiente possível, aproveitando para a tornar a mais confortável e “poupada” possível. O que nos aconselham?
O vosso plano de remodelação e reparação deixa-nos muito animados, por saber que os cidadãos têm preocupações ambientais, além das óbvias económicas.
Na verdade, em Portugal não existem metas ambientais para o tema em específico, existem, no entanto, metas sociais e políticas que pretendem solucionar esta crise, através da promoção de eficiência energética no domínio da habitação.
A Deco tem defendido os interesses dos consumidores nestas matérias ao desenvolver vários projetos e parcerias. O projeto RAISE-PT é um deles.
O RAISE-PT tem debatido e trabalhado em diferentes áreas, nomeadamente no combate à pobreza energética na habitação, uma das maiores crises do sistema energético em Portugal e na Europa. No caso português, a dificuldade em implementar projetos, quer seja por falta de recursos ou por temas burocráticos, tem sido grande, levando até os portugueses a recuar nas suas intenções de remodelação das suas casas.
O RAISE-PT, através de ações sobre o design passivo (janelas de vidro duplo, isolação de edifícios, entre outros) e sobre o design ativo (solar térmico, bombas de calor, ar condicionado, entre outros) dos edifícios, tem agitado a opinião pública e envolvido diversos interessados no tema.
O objetivo é facilitar a implementação de projetos e investimentos no domínio da habitação de forma a resolver a presente crise. Uma das estratégias-chave é promover a eficiência energética e o uso de fontes de energia limpa.
O financiamento da transição para a energia limpa requer investimentos. Infelizmente, as atuais barreiras de mercado estão a dificultar a realização do investimento necessário para garantir a transição energética.
Estamos certos de que poderão saber mais sobre apoios e benefícios com a nossa equipa.
O RAISE-PT está ao vosso dispor!
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Governo lança programas contra pobreza energética a partir de junho
O combate à pobreza energética tem a partir do próximo mês e durante um ano duas novas medidas, inseridas no Programa E_Lar – Bairros Sustentáveis, que têm um financiamento de 100 milhões de euros, segundo o Governo.
Pobreza energética: Portugal tem a percentagem mais alta da UE (20,8%)
Portugal foi, em 2023, o Estado-membro da União Europeia (UE) com a percentagem mais elevada de pobreza energética, de 20,8% e ao mesmo nível de Espanha, anunciou a Comissão Europeia (CE), pedindo mais proteção para os consumidores vulneráveis.
Pobreza energética: mais de 47 milhões de europeus passam frio em casa
Em 2021, havia 31 milhões de pessoas em situação de pobreza energética na União Europeia (UE), ou seja, que afirmavam não ter meios para aquecer a casa. Mas o número disparou: há agora mais de 47 milhões de europeus nesta situação. E Portugal integra o grupo dos países mais afetados, com 2,2 milhões de habitantes sem acesso a aquecimento adequado e, portanto, mais expostos a problemas graves de saúde associados às baixas temperaturas.
Obras em casa: fazer uma garagem multifuncional
Durante décadas, a garagem foi pensada como um espaço exclusivamente utilitário: guardar o carro, acumular caixas antigas, armazenar ferramentas ou bicicletas. Mas os tempos mudaram, as casas evoluíram e a forma como usamos cada divisão também. Hoje, a garagem multifuncional é uma tendência em alta, capaz de aliar praticidade, conforto e versatilidade.
Obras em casa: quase 80% dos pedidos ficam por resolver
A falta de mão de obra no setor da construção e remodelação em Portugal está a deixar marcas, havendo muitos pedidos que ficam sem resposta. Paralelamente, o cenário está a ter impacto direto nos preços, que têm vindo a disparar. Segundo a Fixando, aplicação que liga clientes a especialistas em todos os serviços, nomeadamente os relacionados com obras em casa, quase 80% dos pedidos feitos ficam por resolver.
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