Dados do idealista revelam que metade dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa têm preços acima de mil euros mensais.
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Arrendar casa em Portugal
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A vontade de viver junto à cidade de Lisboa não é apenas visível no mercado de compra e venda. O mesmo se observa no mercado de arrendamento, com os concelhos periféricos à capital a dominar a lista de 10 municípios mais procurados para arrendar casa no verão de 2025. Os dados mais recentes do idealista sugerem que a procura de habitação junto a Lisboa continua em alta apesar das rendas das casas superarem os mil euros mensais em praticamente todos os seus municípios limítrofes. 

Há uma tendência que parece ter vindo para ficar no mercado habitacional: a procura de casas para arrendar nos concelhos periféricos de Lisboa continua a verificar-se em Portugal no terceiro trimestre de 2025, tal como revelam os dados do idealista/data. Vila Franca de Xira ocupou o primeiro lugar do ranking que reúne os 50 municípios mais procurados para arrendar casa, seguida de Moita, Alenquer, Barreiro, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas.

Mais: nem as altas rendas parecem demover esta procura. Isto porque o preço das casas para arrendar supera os mil euros mensais em praticamente todos os 16 municípios de Lisboa e Setúbal presentes neste top 50 da procura – a única exceção é Alenquer (936 euros/mês). Sintra e Oeiras registaram mesmo os maiores preços da região, superando os 1.700 euros por mês.

Este elevado preço no mercado de arrendamento habitacional observado nos municípios periféricos a Lisboa acontece por efeito contágio. Note-se que as renda mediana na capital atingiu os 1.810 euros mensais neste mesmo trimestre, tornando o município lisboeta apenas no 54.º mais procurado para arrendar casa a nível nacional. 

O mesmo acontece no Porto. Contam-se cinco municípios do distrito da Invicta entre os 50 mais procurados para arrendar uma habitação (Valongo, Paredes, Gondomar, Trofa e Maia, por esta ordem), com rendas que variam entre cerca de 830 euros e 1.120 euros mensais. Embora elevadas e com tendência crescente, estas rendas continuam inferiores à mediana do Porto (1.250 euros), município que também ficou fora do ranking da procura (na 72.º posição).

Também o concelho de Faro, com rendas medianas em 1.663 euros mensais, está ausente desta lista (ficou na 55.ª posição). Os municípios algarvios com maior pressão da procura de casas para arrendar sobre a oferta são: Olhão, Lagos, Silves, Portimão e Albufeira.

Rendas mais altas e mais baixas entre os 50 municípios mais procurados

As rendas variam muito na lista que reúne os 50 municípios mais procurados para arrendar casa no terceiro trimestre de 2025. Mas salta à vista que em 50% destes concelhos o custo da habitação supera os mil euros mensais, localizando-se sobretudo nos distritos de Faro, Lisboa e Setúbal.

Lagos, no distrito de Faro, é o município mais caro de todos para arrendar uma habitação (1.753 euros mensais) entre os mais procurados. E logo a seguir está Sintra (1.744 euros/mês), Oeiras (1.743 euros/mês) e Albufeira (1.734 euros/mês). Acima de 1.500 euros por mês juntam-se à lista os concelhos de Palmela e Olhão.

Com rendas a superar os mil euros mensais estão apenas cinco concelhos fora da região de Lisboa e do Algarve, revelam ainda dos dados do idealista/data: 

  • Ponta Delgada (1.394 euros/mês), na ilha de São Miguel, Açores;
  • Maia (1.119 euros/mês), no distrito do Porto;
  • Gondomar (1.079 euros/mês), distrito do Porto;
  • Caldas da Rainha (1.067 euros/mês), no distrito de Leiria;
  • Évora (1.005 euros/mês).

Todos os outros 25 municípios neste ranking da procura de casas para arrendar possuem custos medianos inferiores a mil euros mensais e localizações diversas no mapa de Portugal (Norte, Centro e Alentejo). Chaves, no distrito de Vila Real, é o que possui as rendas mais baixas de todas (558 euros/mês), mas foi apenas o 47.º mais procurado para arrendar uma habitação no verão de 2025.

Metodologia

Calculámos o ranking dos 50 municípios mais procurados durante o terceiro trimestre de 2025, entre os que apresentaram uma oferta igual ou superior a 35 anúncios de casas para arrendar no idealista (o marketplace imobiliário do sul da Europa). Depois, foram também analisados os preços medianos dos 50 municípios mais procurados para arrendar casa em Portugal.

Utilizando os dados de comportamento dos utilizadores do idealista, recolhemos o indicador de pressão da procura relativa sobre a oferta. Este indicador baseia-se no número de ‘leads’ (contactos por email, apresentação de ofertas e imóveis guardados em favoritos) recebidos por anúncio no idealista. Por um lado, os ‘leads’ mostram a procura de habitação por parte dos utilizadores. Por outro lado, o número de anúncios mede a oferta habitacional disponível no portal. Desta forma, o indicador sintetiza a pressão da procura de casas para arrendar sobre a oferta em cada município de Portugal, servindo, assim, para medir situações de aquecimento ou arrefecimento do mercado quando a procura relativa é mais alta ou baixa, respetivamente. 

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