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Reino Unido abre a caixa de pandora da UE com o Brexit
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Os mercados internacionais estão a viver uma jornada negra. Em todos os cantos do mundo os investidores estão a pulsar o botão de pânico, numa onda desenfreada de vendas nas bolsas, divisas e inclusivamente nos títulos de dívida devido ao resultado histórico, que celebrou ontem o Reino Unido. E o efeito dominó deste alvoroço começa a sentir-se a outros níveis. Há já, pelo menos, outros quatro Estados-mebros da União Europeia e a Turquia que estão já a dar sinais de que pretendem fazer referendos semelhantes.

Contra todos os prognósticos, os britânicos acolheram o Brexit, o que significa que preferem abandonar a União Europeia do que continuar dentro da máquina comunitária, onde estão há 43 anos. Apesar das sondagens à boca de urna indicarem uma ligeira vantagem da permanência (que o mercado bautizou de "Remain"), afinal venceu a saída com quase 52% dos votos. 

David Cameron, o primeiro ministro do Reino Unido e partidário da permanência, já anunciou vai se vai demitir nos próximos três meses. "O país necessita de uma liderança nova que guie o caminho que escolheu", declarou o governante esta manhã.

Reino Unido abre a caixa de pandora da UE com o Brexit
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O preço da libra teve a maior queda num só dia de toda a sua história, um colapso de mais de 10% para valores que tinham sido registados pela última vez em 1985.

A Europa e o resto do mundo, tal como escreve o Expresso, acordaram hoje com a notícia que os europeístas otimistas nunca acharam que chegaria: o Reino Unido vai ativar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que estipula as regras de saída de um Estado-membro e que nunca foi utilizado.

As probabilidades de outros Estados-membros seguirem o exemplo são, tal como indica o jornal, mais reais do que nunca e há já alguns dos países da UE (Holanda, Suécia, Itália e França) e um aspirante a Estado-membro (a Turquia) que já sugeriram consultar às suas populações sobre a permanência no bloco (ou no caso turco, sobre a adesão a ele).

E o efeito domonó poderá mesmo não ficar por aqui. A Grécia, a Dinamarca, os Países Baixos , a Hungria e a Escócia também poderão vir a querer questionar a continuidade na União Europeia, segundo escreve, por outro lado, o The Washington Post, a partir de Londres.

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