O Brexit entrou definitivamente na agenda internacional. Esta quinta-feira os britânicos vão votar, em referendo, se querem continuar ou sair da União Europeia e, nos últimos dias, intensifica-se a "alta probabilidade" de que venha a concretizar-se a saída. Sabias que se tal acontecer isto poderá ter efeitos diretos nas tuas poupanças, por exemplo?
Os primeiros efeitos vão sentir-se de forma mais evidente, como é habitual, na alta finança, "mas, no longo prazo, o Brexit poderá ter um impacto ainda mais negativo do que a falência do Lehman no crescimento económico global”", escreve o Observador num artigo de análise sobre este processo.
Neste cenário, diz o jornal, este é um bom momento para refletir sobre as tuas finanças pessoais e perceber que impacto é que a possível saída do Reino Unido da UE poderá desencadear.
O primeiro aviso, com base numa ronda junto de especialistas, é para que nos depósitos bancários não esperes juros altos.
"Como o Reino Unido está fora da zona euro, não há um efeito direto decorrente do referendo britânico da próxima quinta-feira nas taxas de juro que influenciam os depósitos bancários portugueses. Contudo, como os mercados financeiros estão interligados, é natural que os efeitos se transmitam ao mercado do euro, nomeadamente às taxas Euribor", explica o jornal, frisando que “também os spreads de crédito das empresas subiriam [os prémios de risco]".
"Mesmo num evento de Brexit, os investidores portugueses não devem mudar as suas aplicações de longo prazo, desde que inseridas num contexto de uma carteira diversificada", escreve o meio, destacando que "a maioria dos planos de poupança-reforma (PPR) e muitos dos seguros de capitalização subscritos pelos aforradores têm o capital garantido".
A divisa britânica já é uma das que mais perde face ao euro desde o início de 2016 e uma exposição à libra esterlina pode ser importante, mas mesmo que o fundo detido tenha títulos cotados na bolsa de Londres, não é garantia de risco adicional no caso de o “Sair” vencer no referendo da próxima quinta-feira, avisa ainda o Observador.
Qualquer que seja o resultado do referendo, as ações deverão continuar a ser os ativos mais rentáveis no longo prazo. Um dólar investido numa carteira diversificada de ações mundiais rendeu 325 dólares ao longo de 114 anos, como o Observador revelou no artigo “Na bolsa joga-se ou investe-se?”, usando como base um estudo do Credit Suisse.
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