Não são afetados pelas condições climatéricas e não estão sujeitos a pestes. Crescem com a ajuda de inteligência artificial.
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Vegetais
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Depois de se saber que há "bifes" e outros tipos de "carne" a serem produzidos em impressoras 3D, agora desde o longíquo Japão chega a notícia de que há vegetais a serem cultivados massivamente em fábricas, com a ajuda de tecnologia para controlar a temperatura, luz e outras condições. Atualmente há quase 400 fábricas de vegetais, que estão a operar por todo o país asiático, cerca de quatro vezes mais face às 93 de 2011.

Na base deste fenómeno, que o mercado espera que venha a crescer ainda mais, está o avanço significativo na tecnologia de automatização - que permite preservar os vegetais desde que são semeados até à altura da colheita -, e outras duas raões importantes: as  fábricas não são diretamente afetadas pelas condições climatéricas e requerem menos trabalhadores do que os espaços exteriores, tal como conta o Público num artigo em colaboração com o The Washington Post.

As plantas, de cultivo hidropónico, não requerem o uso de pesticidas químicos. Os brotos são plantados e os vegetais são colhidos duas vezes por semana, sendo depois vendidos no local. Uma vez que a produção não é carregada e transportada num veículo, os compradores podem adquirir vegetais frescos com menos impacto ambiental. 

A produção comercial de vegetais cultivados em fábrica arrancou nos anos 80 e era inicialmente dividida em dois tipos: os que usam luz artificial e os que usam energia solar. Mas desenvolvimentos recentes incluem computadores que controlam a humidade, níveis de dióxido de carbono, nutrição e outros fatores, segundo é explicado no mesmo artigo.

Os vegetais nascem na horta? No Japão estão a ser feitos em fábricas
Foto de Kampus Production en Pexels

Negócio das plantas de cultivo hidropónico atrai gigantes internacionais

Com o objetivo de diversificar as estratégias de negócio, muitas grandes empresas têm entrado neste campo. Por exemplo, a Tokyo Metro Co. produz alface e outros vegetais para hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos, nos terrenos de Edogawa Ward, em Tóquio, debaixo das linhas de comboio de Tozai Line, num viaduto entre as estações Nishi-Kasai e Kasai. 

A Chubu Electric Power Co., por outro lado, está a construir uma fábrica de vegetais em Shizuoka, com capacidade para distribuir dez toneladas de alface por dia. E a start-up de agricultura alemã Infarm está envolvida em 1400 estabelecimentos em 11 países, incluindo o Japão. 

Ainda este ano, a Food & Agri Mechatro Solution Inc., sediada em Niigata, que trabalha com robôs industriais, construiu um instrumento para cortar alface. A empresa também desenvolveu um método que automatiza o processo de 40 dias de produção da alface. Um recipiente especial é usado para os rebentos, que são transferidos para prateleiras de cultivo e, eventualmente, colhidos. 

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