
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou esta segunda-feira, dia 28 de fevereiro de 2022, o pedido formal para a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). "É um momento histórico", lê-se numa mensagem da Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano) divulgada pela rede Telegram, onde se pode ver o presidente ucraniano no momento da assinatura do documento.
A Comissão Europeia abriu a porta à entrada da Ucrânia na UE, mas lembrando que o processo é longo, apesar do pedido de Kiev de um procedimento especial para integrar o país "sem demora".
"Temos muitos tópicos em que estamos a trabalhar em estreita colaboração e, com o tempo, queremos que eles estejam dentro" da UE, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa entrevista à Euronews no domingo.
Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou na segunda-feira a União Europeia, antes da assinatura do pedido formal, a integrar o seu país "sem demora".
"Estamos a dirigir-nos à UE sobre a integração imediata da Ucrânia através de um novo procedimento especial. Tenho a certeza que é possível", declarou numa mensagem vídeo.

Pedido especial da Ucrânia para integrar a UE em plena guerra com a Rússia
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse ter sido informado antecipadamente da intenção da Ucrânia de enviar um pedido formal de adesão e especificou o procedimento a seguir.
"A adesão é uma exigência de longa data expressa pela Ucrânia. Mas existem opiniões e sensibilidades diferentes na UE sobre o alargamento. A Ucrânia transmitirá um pedido oficial, a Comissão Europeia terá de expressar um parecer oficial e o Conselho decidirá", indicou.
- O procedimento especial que a Ucrânia pede não existe como tal e a integração na UE é um processo a longo prazo para aproximar a legislação do país candidato ao direito europeu.
- O processo exige negociações complexas sobre muitas questões e critérios difíceis de cumprir por um país em guerra como:
- a estabilidade política;
- uma economia de mercado funcional;
- a necessidade de aprovação unânime dos 27 países membros.
Charles Michel anunciou a sua intenção de convidar o presidente Volodymyr Zelensky a participar "regularmente" nas cimeiras dos líderes europeus.
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