
No rescaldo da pandemia, uma guerra? Foi esta a pergunta que muitas pessoas fizeram no estalar do conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia. E a confusão de sentimentos voltou a instalar-se: o medo, a ansiedade, o stress, a impotência. A ameaça de uma guerra prolongada e em larga escala na Europa pode ser destrutiva para a nossa saúde mental, numa altura em que a exposição à informação sobre o conflito é muito intensa. E por isso é tão importante encontrar estratégias para gerir a ansiedade que a guerra faz sentir.
Tiago Pereira, psicólogo e membro da direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses, que recomenda algumas coisas que se podem fazer para ajudar a gerir melhor este momento de tensão gerado pela guerra na Ucrânia. Resumimos algumas das dicas do especialista ao jornal Público.
É normal sentir ansiedade
É importante, antes de mais, aceitar o que se está a sentir – e encarar estes sentimentos com naturalidade. É normal que as pessoas sintam ansiedade, insegurança, preocupação, medo. E não, não é ser dramático: estamos a viver um cenário real de guerra. O psicólogo lembra também que ainda estamos a viver um momento de pandemia que nos trouxe muitas incertezas, com grande impacto “nas nossas dimensões psicológicas e emocionais”.

Como posso controlar a ansiedade?
Tiago Pereira refere a importância de “irmos monitorizando como nos sentimos em relação à situação” e “partilhar estes sentimentos com outras pessoas — as que nos são próximas, em quem confiamos e que podem, de certa forma, validar o que estamos a sentir”. Ou seja, é essencial pedir ajuda se entrares em pânico. O psisólogo explica que não há que ter vergonha de admitir o que se está a sentir. “Não faz de nós mais fracos e é absolutamente normal”, diz ao jornal.

Ter cuidado com as fontes e exposição à informação
Nestes dias pode ser difícil desligar das notícias – tal qual como aconteceu na pandemia. E não podemos esquecer-nos que neste tipo de acontecimentos existe sempre muita desinformação associada. Daí ser fundamental tentar evitar a sobreexposição à informação, que é atualizada ao minuto.
O ideal será escolher um momento do dia para te manteres informado, garantindo que procuras sempre fontes de informação fidedignas. Lembra-te que não é benéfico para a saúde mental, e sobretudo para a ansiedade, estar estar sempre a ler ou falar sobre o assunto.
“É importante termos presente que, apesar de ser um acontecimento que não esperávamos e que é muito complexo, é um acontecimento temporário. As guerras também terminam”, frisa o especialista.
1 Comentários:
"NO ARMAS" !!! Você tem que escrever e marchar na frente das fábricas que os produzem! O que você tem contra Putin? Ele está ajudando ucranianos que atiram em ucranianos há 8 anos! 14.000 pessoas morreram! Por que você não saiu nas ruas com as palavras "UKRAINIANS, NÃO Atire em seu próprio povo!" Pense que você é um bom povo pacífico ?? Por seu silêncio, 100 crianças morreram em Donetsk! Pelo seu silêncio, os EUA produzem e vendem armas aos ucranianos para atirar nos ucranianos. Meus amigos morreram com essas armas americanas! E há armas NUCLEAR em seu país também! Quem os trouxe para o seu país? Você deve marchar contra o ARMI em seu país, contra a NATO e a presença militar que trará sua morte no futuro!
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