
O mercado imobiliário de Manhattan, Nova Iorque (EUA), esteve quente até ao início de 2022, mesmo com os preços das casas em alta. Mas agora o cenário mudou: a Reserva Federal dos EUA está a aumentar as taxas de juro para travar a inflação e os especialistas do mercado preveem que uma recessão global esteja à espreita. Todos estes fatores têm alarmado os potenciais compradores e até travado a compra de casas em Manhattan.
As vendas das casas em Manhattan cresceram durante a pandemia, em concreto, desde o final de 2020 até ao início de 2022. Isto porque, segundo a Bloomberg, os potenciais compradores não quiseram perder a oportunidade de adquirir habitação antes de os preços das casas subirem ainda mais.
Mas tudo indica que este clima de compra desenfreada de casas nesta ilha dos EUA está a mudar. Embora a venda de habitações diminua normalmente durante o verão, os especialistas de mercado acreditam que o que se está a assistir em Manhattan é mais do que uma mudança sazonal.
Na ilha de Manhattan, como em todo os EUA, o mercado imobiliário começou a mostrar sinais de desaceleração. E há vários fatores apontados pelos especialistas que trabalham o mercado local que justificam este travão à compra de casas, cita a mesma publicação:
- Taxas de juro dos créditos habitação a 30 anos quase duplicou desde o início do ano, com a subida da taxa de juro diretora pelo Fed;
- Recessão global à espreita, apontada por vários especialistas;
- Queda das ações em bolsa trava compra de casas de luxo.
Agora, quem procura casas para comprar está mais exigente com o preço. E o número de contratos de compra e venda assinados em Manhattan tem diminuído semana após semana desde meados de abril, de acordo com a empresa de análise imobiliária UrbanDigs citada pelo mesmo meio. Durante a semana de 13 de junho, por exemplo, foram assinados 237 contratos de compra de casas, uma queda de 28% em relação aos 331 assinados no mesmo período do ano passado. Ainda assim, ainda está acima dos níveis pré-pandemia vistos em 2019, quando foram assinados 208 contratos durante essa mesma semana de junho.
Para poder comentar deves entrar na tua conta