As rendas mais caras foram observadas em Milão, Lisboa e Barcelona. Porto e Lisboa ​​destacam-se pelas maiores subidas anuais.
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Arrendar casa no sul da Europa
Milão, Itália | Emanuele Cremaschi Getty images

De Lisboa a Roma, passando por Madrid e Barcelona. Os preços das casas para arrendar nas seis principais cidades do sul da Europa bateram valores recorde em setembro, segundo os dados mais recentes do idealista, que está presente nos três países. As rendas das casas mais elevadas foram observadas em Milão, Lisboa e Barcelona, estando todas acima dos 20 euros por metro quadrado (euros/m2). E o Porto e a capital portuguesa destacaram-se por apresentarem as subidas das rendas mais expressivas em termos anuais.

No mês de setembro, os preços das casas para arrendar em Portugal atingiram mesmo um novo recorde: chegaram aos 15,5 euros/m2, depois de registar uma subida homóloga de 31,1%. Esta subida das rendas das casas no nosso país é explicada, sobretudo, pela alta procura de habitação no mercado de arrendamento para uma baixa oferta residencial, que tem vindo, aliás, a diminuir mês após mês devido às elevadas cargas fiscais e à incerteza do mercado agravada pelas novas medidas do Mais Habitação.

Com surpresa, o custo mediano de arrendar casa em Portugal supera mesmo o valor mediano do arrendamento em Itália (13,5 euros/m2) e em Espanha (11,8 euros/m2), onde as rendas das casas caíram ligeiramente em setembro face a agosto, mas subiram em termos homólogos 13,1% e 9,3%, respetivamente.

Olhando para as rendas das casas nas seis principais cidades no sul da Europa, salta à vista que todas atingiram valores recorde em setembro. É em Milão (23,1 euros/m2), Lisboa (20,8 euros/m2) e em Barcelona (20 euros/m2) onde é mais caro arrendar uma habitação, seguida de Madrid (17,7 euros/m2), Porto (16,5 euros/m2) e Roma (15,2 euros/m2), mostram os dados.

Quanto à evolução dos preços, observa-se que foi mesmo o Porto (34,6%) e Lisboa (32,9%) que registaram os maiores aumentos das rendas das casas entre setembro de 2022 e setembro de 2023. Já a capital espanhola e a italiana registaram os aumentos mais moderados entre as seis cidades analisadas, com 10,7% e 9%, respetivamente.

Madrid e Lisboa fixam novos preços das casas à venda

Entrando no universo das casas à venda, observa-se que o custo mediano da habitação continua a subir nos três países do sul da Europa. Mas nenhum registou valores recorde em setembro:

  • Em Portugal, os preços das casas para comprar fixaram-se em 2.525 euros/m2 em setembro, um valor ligeiramente inferior ao preço máximo atingido em junho deste ano. Já em termos homólogos subiu 5,7%;
  • Em Espanha, o custo mediano das casas à venda foi de 2.007 euros/m2. Este valor é 7,5% superior face a setembro de 2022, mas ainda está 5,1% abaixo do máximo nacional que se mantém o atingido em 2007;
  • Em Itália, os preços das casas situaram-se em 1.845 euros/m2 em setembro, sendo um aumento de 2% em termos homólogos. Este valor está ainda longe do preço máximo alguma vez registado no país (-27,2%).

O que também é notório é que no mercado de compra e venda, as subidas dos preços das casas mantêm-se mais moderadas do que no mercado de arredamento. Isto é bem visível analisando as seis principais cidades do sul da Europa: o maior aumento anual de todos foi registado no Porto (+9,8%), seguido de Lisboa (+7,3%) e Madrid (3,2%). Ainda assim esta subida foi suficiente para que Lisboa (5.366 euros/m2) e Madrid (4.037 euros/m2) atingissem um novo máximo nos preços das casas à venda na série histórica do idealista.  

Há também outras cidades que estão perto de chegar aos preços máximos. O Porto registou um preço mediano de 3.440 euros/m2 em setembro, apenas um euro inferior ao recorde observado em julho de 2023. E em Milão, depois da subida anual de 2,4%, o preço das casas à venda situou-se em 4.494 euros/m2 em setembro, estando apenas a uma distância de 5 euros do seu recorde.

Por seu turno, Barcelona (4.155 euros/m2) e Roma (2.998 euros/m2) permanecem abaixo dos seus preços máximos. Apesar do aumento homólogo de 1,4% em setembro na capital catalã, os preços das casas ainda estão 3,6% abaixo do recorde registado antes do boom imobiliário de 2007. E também na capital italiana – onde os preços se mantiveram praticamente estáveis no último ano – o valor das casas à venda ainda está 29,5% abaixo do máximo registado em maio de 2012.

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