
O Banco Económico (ex-BESA) vai saldar parte das dívidas ao Estado angolano mediante a entrega de três imóveis, segundo um despacho presidencial que invoca o interesse público para aceitar a dação proposta pela instituição financeira.
Segundo o despacho presidencial n.º 177/24, datado de 09 de agosto, o pagamento da dívida será feito em troca de um prédio urbano com uma área bruta de 212 metros quadrados (m2) situado na cidade de Caxite (província do Bengo), um outro de 316 m2, na urbanização Nova Vida, e um terceiro imóvel, com uma área de 426 m2, ambos na cidade de Luanda. O valor dos imóveis não é referido.
O diploma delega competência no ministro da Justiça e dos Direitos Humanos para concretizar o disposto no diploma e o registo dos três imóveis, em nome e no interesse do Estado angolano.
O Banco Económico herdou os ativos do extinto Banco Espírito Santo Angola (BESA), liquidado depois de 2014 com uma elevada carteira de crédito malparado, estimado em 5,7 mil milhões de dólares (5,21 mil milhões de euros).
O Estado angolano tomou o controlo da instituição financeira e injetou um capital de três mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros), que foi declarada insolvente.
O Banco Económico está atualmente a ser alvo de uma avaliação independente que deverá estar concluída este mês e que determinará o futuro da instituição bancária.
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