
O colapso do Banco Espírito Santo (BES) deu-se há dez anos e não se sabe ao certo quanto valem os milhares de bens que estão arrestados no âmbito do processo. Sabe-se, sim, que desde 2015, quando foram decretados os primeiros arrestos, o Gabinete de Administração de Bens (GAB) do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça acompanhou a venda de 285 imóveis, que renderam mais de 123 milhões de euros, depositados em contas bancárias à guarda do processo.
Segundo o Público, que consultou parte dos 177 volumes dos quatro anexos do caso dedicados especificamente aos arrestos, há ainda pelo menos 190 milhões de euros em numerário e aplicações financeiras à guarda do processo BES. Um montante que pode ser, no entanto, superior.
Os valores, escreve a publicação, deverão servir, no fim do processo, para garantir a compensação aos lesados e, se ainda sobrar, a recuperação de parte dos 11,8 mil milhões que o Ministério Público pediu que fossem declarados perdido a favor do Estado.
“A intervenção do GAB foi solicitada relativamente apenas a uma parte dos bens arrestados/apreendidos no âmbito do processo BES. Assim, este gabinete não dispõe de informação sobre o universo total de bens arrestados/apreendidos no referido processo judicial”, refere o GAB, citado pelo jornal, acrescentando que a sua intervenção resulta do “cumprimento dos despachos judiciais proferidos relativamente aos bens arrestados/apreendidos”.
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