
O investimento em imobiliário comercial em Portugal, sobretudo em Lisboa, registou um crescimento de 50% nos primeiros seis meses do ano, face ao primeiro semestre de 2014, atingindo um volume de negócios de 522 milhões de euros.
A capital lisboeta acompanha assim a tendência em alta da Europa, que fechou a primeira metade do ano com mais 16% de investimento imobilário em retail, segundo um relatório divulgado pela Worx Real Estate Consultants através do seu contrato de first provider com o BNP Paribas Real Estate.
No panorama europeu, cerca de 40% do volume global de investimento foi realizado por investidores americanos e europeus. Em Portugal, destaca-se a posição dos americanos que representam já 64% do total. O investimento de origem nacional corresponde a apenas uma fatia de 5%.
A capital italiana, Milão, foi a cidade com o maior aumento de investimento (mais 347%), seguida das cidades alemãs Berlim (127%) e Munique (57%).
Paris, capital francesa, foi a única cidade a apresentar uma evolução negativa (-35%) justificada por um período extraordinário de investimento entre abril e junho de 2014.
Promoção e remodelação ganham terreno
Os investidores continuam, de acordo com o documento da Worx, a preferir ativos core em localizações prime no segmento do retail. Ainda assim, começa a ver-se um aumento no investimento em projetos de promoção e remodelação.
À semelhança do que se vem a registar desde o final de 2013, assiste-se a uma contínua queda das prime yields nos vários sectores.
As taxas de rentabilidade dos escritórios e retalho estão agora no valor mais baixo de sempre.
“O cenário macroeconómico europeu é favorável para a continuação de um ciclo positivo no imobiliário. Portugal deverá continuar a acompanhar essa tendência, e do ponto de vista do investimento, continuará a beneficiar da confiança dos Investidores Institucionais no setor“, esclarece Ricardo Quaresma do departamento de Capital Markets da Worx.
Ainda assim, a consultora espera que que até ao final do ano o volume de negócios na Europa estabilize não se prevendo que se atinja o recorde registado antes da crise, em 2007, quando chegou a mais de 90 mil milhões de euros.
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