O nome comercial é J. C. Dias Júnior & Herdeiros, mas esta loja histórica em Ponta Delgada, nos Açores, é mais conhecida por “loja da preta”, sendo que a designação popular, que se sobrepôs à oficial, teve origem numa boneca mecânica de cor negra. Boneca essa que se manteve na montra do espaço, sempre no mesmo sítio, durante 83 anos – a loja abriu portas em 1937 e encerrou em 2020, na sequência da pandemia da Covid-19.
Segundo conta o Público, a loja – fundada por um polaco que se mudou para os Açores antes da II Guerra Mundial – fazia parte da paisagem da cidade: tinha cinco montras altas e envidraçadas sob a forma de abóbadas, sempre repletas de artigos de cozinha, brinquedos, decorações e de quase tudo. Montras essas que estão agora tapadas com cartão.
Em fevereiro do ano passado, pouco tempo antes da pandemia da Covid-19 ter chegado a Portugal, o então presidente da Câmara de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, atualmente líder do governo regional, anunciava que o município estava a trabalhar num “regulamento de reconhecimento e proteção do comércio tradicional”, com o objetivo de proteger as lojas históricas da cidade. Uma regulamentação que não chegou a avançar, tendo sido suspensa devido à crise pandémica, revela a Câmara de Ponta Delgada, em declarações ao Público.
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