
os sectores da hotelaria e da restauração têm registado encerramentos e dispensado várias pessoas devido à “situação caótica” que atravessam e que se deve, de certa forma, à nova lei do arrendamento urbano, que entrou em vigor a 12 de novembro do ano passado. “na situação caótica em que nos encontramos, com todos os custos de contexto que temos, como o iva, mais um aumento de renda leva ao encerramento dos estabelecimentos”, referiu ana jacinto, secretária-geral da associação da hotelaria, restauração e similares de portugal (ahresp)
apesar não dispor de números de encerramentos resultantes do aumento dos valores da renda, a responsável adiantou que há “cada vez mais” situações do género: “este custo de contexto adicional está obviamente a motivar [encerramentos]. para tentarem compensar o aumento da renda e para não fecharem de imediato as portas, vão fazendo a gestão que conseguem fazer. obviamente, até com prejuízo para o próprio serviço, que irá ficar menos qualificado”
em declarações à agência lusa, ana jacinto criticou a “colagem” do regime habitacional ou não habitacional na lei do arrendamento urbano, que “trata da mesma forma realidades distintas”. “sempre que o arrendatário fazia obras, o senhorio aproveitava para fazer actualizações de rendas”, explicou, salientando que no sector não há casos de desajustamentos de rendas ao mercado
Para poder comentar deves entrar na tua conta