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Vistos gold: Governo aprova alterações e pressiona Portas a mudar regras

O Governo aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, alterações à abrangência dos vistos gold. Segundo o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, as modificações serão anunciadas na segunda-feira numa conferência com Paulo Portas, o mentor desta legislação. Mas o gabinete do vice-primeiro-ministro não confirma essa informação. 

De acordo com o Diário Económico, está instalada a confusão no Governo por causa da apresentação das alterações à aribuição de vistos gold (também conhecidos como vistos dourados ou golden visa). Marques Guedes anunciou ontem, após o Conselho de Ministros, que o vice-primeiro-ministro faria a apresentação pública das alterações na segunda-feira, ao lado da ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues. Mas o gabinete de Portas diz que “seguramente segunda-feira não será”. “Pode ser lá para terça, quarta ou quinta-feira”, adianta. Já o gabinete de Anabela Rodrigues confirma o evento, mas diz desconhecer a hora do mesmo.

Polémicas à parte, Marques Guedes adiantou apenas que o novo modelo alarga a abrangência dos vistos gold a outro tipo de investimentos além do imobiliário. É o caso da reabilitação urbana, da ciência, inovação e tecnologia ou mesmo cultura, escreve o Dinheiro Vivo.

Além disso, haverá também mexidas no montante que é necessário investir para ter acesso ao visto gold, principalmente quando “eles ocorrerem em zonas menos desenvolvidas”, disse Marques Guedes no Conselho de Ministros. Desta forma, explicou o ministro, promove-se o desenvolvimento de zonas mais necessitadas do país e permite-se aumentar os volumes de investimento aplicados no país através deste regime legal.

A polémica em torno da atribuição de vistos gold surgiu em novembro de 2014 quando foi denunciada uma rede com figuras do Estado que usavam os vistos para receberem luvas. O caso levou mesmo à demissão do então ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. Paulo Portas, responsável pela introdução do programa em Portugal, prometeu mudanças no mesmo e um controlo mais apertado.

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